LULA COMEÇA PERDER A GOVERNABILIDADE

O escândalo do INSS – roubalheira que até agora o povo só viu a ponta do iceberg – tem estrutura profunda, com estimativas de desvios, segundo o Senador Cleitinho (Republicanos-MG), de no mínimo 250 bilhões de reais. São números tão alarmantes e estapafúrdios, que não tem como evitar uma CPMI. Deixar as investigações a cargo da CGU e PF ocorrerá inevitavelmente ingerência política e toda sujeira irá para debaixo do tapete. O filho do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, é advogado de um destes sindicatos fantasmas. A CGU tirou a associação dirigida por Frei Chico (irmão de Lula) da relação enviada à AGU –Advocacia Geral da União, que oferecerá denúncia. Coincidentemente, a única que o INSS não exigia a biometria do filiado, autorizando o desconto em folha.

Diversos parlamentares ontem descobriram descontos em seus contracheques. A quadrilha perdeu totalmente o respeito, medo, pudor e abertamente desafia a lei. O crime no Brasil compensa. É um negócio altamente rentável, de risco calculado. Processos se arrastam por longo tempo na Justiça e terminam em condenações brandas. Com muito dinheiro, condenados recebem tratamento “VIP” nos presídios, e três ou quatro anos depois estão nas ruas. Irão desfrutar o melhor da vida, torrando milhões de reais roubados do povo.

A magnitude do golpe envolve bancos, políticos, sindicatos, cartórios – ressuscitaram defuntos e em seus nomes fizeram empréstimos consignados – criaram pessoas que nunca existiram…No meio do furacão, o convalescente governo Lula, que tentava se recuperar de uma anemia aguda com origem na desidratação da sua popularidade. Como devolver o dinheiro? Não tem caixa, nem orçamento. O ministro Fernando Haddad, indignado, ontem pediu prisão para todos. Já antevê seu fracasso e recuou com a urgência do Congresso votar a isenção do Imposto de Renda, para quem ganha até 5 mil reais. Não existe fonte de arrecadação compensatória. Seria uma aventura. Principalmente agora, com a pressão popular pela devolução dos valores que lhes roubaram, o governo terá que indenizar pelo menos quem ganha até dois salários mínimos.

CGU/AGU determinou bloqueio de 2,5 bilhões nas contas de 11 entidades, a partir da CONTAG. Mas, não existem saldos em conta corrente. Levaram e lavaram toda a grana. A grande mídia tem feito sua parte, como sócia do governo. Ontem, protocolaram a CPMI do INSS, com 259 assinaturas. Subscreveram o pedido de investigação 223 deputados federais e 36 senadores da república. Nos chamou atenção a assinatura da deputada federal – estrela de quinta grandeza do PSB – Tábata do Amaral, da base do governo.

Se continuar sangrando, a governabilidade poderá alcançar um perigoso quadro hemorrágico, e evoluir para óbito. O novo presidente do INSS ontem (12/05/2025) mandou suspender outra fonte suspeita de desvio. “Meu INSS Vale Mais”. A FEBRABAN já tinha denunciado a CGU. A empresa que recolhe uma montanha de dinheiro não é do setor bancário. No CNPJ, digitais dos irmãos Batistas (Joesley e Wesley) JBS/J&F. velhos “companheiros” do PT, nos tempos de FRIBOI, desfrutando de prestígio junto a Henrique Meirelles e Zé Dirceu, realizaram empréstimos bilionários no BNDES, com juros subsidiados de 3% ao ano.

A inexistência de sintonia entre governo/congresso, abre espaço para o STF assumir as funções de ambos. O presidente do senado, David Alcolumbre, colado em Lula, age como abutre. Chantageia seu apoio e exige como recompensa o Ministério das Minas e Energia, presidência do Banco do Brasil, diversas diretorias das principais Agências Reguladoras. Quer tomar o espaço do PSD (Kassab). Esteve na Rússia, China e é aguardado no Congresso. Hugo Motta, correu para os Estados Unidos, após votação na Câmara para o STF suspender processo contra o deputado Ramagem. Em entrevista, confessou que 315 deputados é um número expressivo. Vai consultar o setor jurídico da Casa, para responder o STF. É bom lembrar a Lula que para um pedido de impeachment de um presidente, são necessários 2/3 da Câmara, ou 342 votos. Se Kassab soltar sua mão Alcolumbre nem Hugo Motta terão forças para segurá-lo.

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