Marcos Marinho

Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.

JUÍZO AOS DOIS !!!

Publicado em 13 de setembro de 2023

Dileto amigo de Veneziano ontem me censurou por conta de matéria neste portal, onde abordamos a escorregada do senador no ataque desferido contra a sua colega Daniella Ribeiro.

A raiva do “parsa” eu posso perfeitamente entender, mas não posso deixar de compreender que tudo na vida tem seus limites. O parceiro de Vené está no seu papel, remunerado – e muito bem – pelo que faz. Portanto, nada a censurar, de minha parte.

O que faço questão de agora exprimir neste espaço que leva a minha assinatura, diferentemente dos textos escritos pela Redação, é que o ainda imaturo filhinho de Dona Nilda escorregou feio na casca de banana que lhe jogou nos pés o aguerrido Luiz Torres, valoroso jornalista amigo que chefiava a área de Comunicação do Governo da Paraíba anos atrás com esmerada competência e razoável senso de oportunismo.

Torres é ‘macaco velho’ na arte de arrancar histórias, estórias e/ou confidencias dos interlocutores, que caem nas suas ‘armadilhas’ feito crianças correndo atrás de guloseimas…

E foi exatamente isso o que aconteceu nos estudios da TV Arapuan, com Veneziano virando pato na armação do estimado “indio” da nossa mídia tupiniquim.

Mas há um detalhe obrigatoriamente a ser registrado: Veneziano não é mais um qualquer, na vida pessoal e muito menos na vida pública.

No Planalto Central já frequenta o alto clero das duas casas congressuais e consegue entrar na intimidade do Palácio da Presidência da República pela porta dos fundos, toma cafezinho na cozinha e senta ao lado do rei sem precisar de agenda e sem a menor dificuldade…

Erra por andar acompanhado de uma leva de moleques, cujos aconselhamentos tem acolhido de modo plenamente desnecessário, sem que se dê conta do abissal tamanho do corpo político que carrega depois que botou na lapela o broche de Senador da República.

Veneziano é Vice-presidente do Senado, condição que o coloca como homem na linha da sucessão presidencial da República, o que significa dizer que por alguma eventual oportunidade poderá vir a se tornar Presidente da República, a qualquer  momento.

E isso não é pouco, nem para muitos!

Por isso, o que cabe censura, sim, é o fato de um cidadão da estatura política de Veneziano Vital do Rego deixar-se apanhar em tamanha arapuca e, de repente, virar um pequeno como nós outros da província.

O entrevero entre Vené e Daniella foi lastimável, sob todos os aspectos. Uma briga infantil de dois rebentos de oligarquias, filhinhos de papais, e que a ambos chamuscou, agravando o quadro p’ras bandas do Vice-Presidente do Senado por ter acusado em tom misógino a colega e conterrânea de ser ineficiente e estar usando o mandato para “desfilar” sua beleza nas passarelas do Senado.

Como dizia o saudoso Zé Arlindo, ao tempo em que presidia a Associação Comercial de Campina Grande, em briga de elefantes, só quem sai perdendo é a grama.

E a grama, nesse caso infeliz, somos nós, os paraibanos.

Por isso, o que eu só posso pedir aos dois é que tenham pelo menos um pinguinho de juízo doravante.