

Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
INTERESSES CONTRARIADOS LEVAM PROCURADORA SHEYLA BARRETO A TENTAR DEMOLIR E ABALAR CREDIBILIDADE DO TCE-PB
Publicado em 16 de abril de 2025O imbróglio “ilegal” criado pelo MPC (Ministério Público de Contas da Paraíba), atropelando a Constituição do Estado tentando deslegitimar a eleição da Conselheira do Tribunal de Contas da Paraíba, Alana Galdino, se constitui numa insanidade sem precedentes, tentativa aventureira, golpista e imprudente, de usurpar poderes e prerrogativas reservadas exclusivamente ao Legislativo.
A eleição de Alana Galdino pode ser considerada uma “aclamação”. Apresentou um resultado estonteante e nunca visto na Casa Epitácio Pessoa. Dos 36 deputados estaduais (votantes) apenas uma abstenção (ética) do presidente Adriano Galdino – e dois votos contrários “opinativos”.
Não tinha outro candidato na disputa.
No Regimento Interno de todos os Parlamentos, a maioria plenária é soberana. Quantas votações importantes ocorreram no Congresso Nacional ao longo da história, e o país testemunhou projetos postos em plenário sem passar pelas comissões temáticas? Com o apoio subscrito em uma lista que alcance 3/5 ou até 2/3 dos membros do parlamento, subtende-se que encaminhar para as comissões é perda de tempo, pois os membros destas comissões já compõem a maioria. Neste caso, dispensa-se a burocracia formal.
Não existe efeito sem causa. A conspiração criada para expor politicamente o presidente da ALPB Adriano Galdino, tem sua origem na ambição “carreirista” da vaidosa Procuradora Sheyla Barreto Braga de Queiroz, que perambulou pelos corredores da ALPB a procura de um patrocinador de sua causa: ser conselheira do TCE. Bateu na porta de alguns gabinetes e decepcionou-se com a frieza e desinteresse dos parlamentares em abraçar sua campanha. Ao perceber que “não vale o quanto pesa”, movida pelo instinto de vingança, decidiu “bagunçar” o pós eleição de Alana Galdino, criando sofismas para impedir sua posse.
O seu perfil desagregador, se impondo como “dona da verdade”, tem intimidado conselheiros da Corte de Contas, questionado seus “pareceres”, tornando-os reféns de sua opinião por mais tresloucada que seja. Método para sobressair-se do anonimato – na busca de holofotes – usando sempre sua régua, que nivela todos por baixo. Acima de qualquer suspeita, só existe ela? Ameaçando sutilmente os conselheiros, com o uso da abrangente e confusa legislação – fora de sua área constitucional – Sheila tem se posicionado como “denuncista”. Mesmo conhecendo seus limites, provoca outras instâncias, no propósito de acatarem suas denúncias, como por exemplo, o Procurador Geral do Estado e o Procurador Eleitoral.
Arguir suspeição do conselheiro Nominando Diniz é uma afronta insensata, alucinada, colérica. Transparece desequilíbrio emocional, irracional, um “abraço de afogado”. Quando tenta invalidar uma nomeação do governador do Estado, desmoraliza o Poder Executivo, sugerindo “improbidade administrativa”, passivo de CPI, cassação de mandato ou até interdição de seus atos. Desrespeita uma maioria de 1.184 milhão de eleitores, que o elegeram governador do Estado.
Aloprando o seu delírio, desconhece e ignora 97% dos eleitores, que elegeram os atuais deputados estaduais como seus legítimos representantes.
Triste do poder que não pode. Empossem Alana Galdino e em seguida a ALPB tem o dever de apresentar uma PEC regulamentando o Regimento Interno do TCE, pondo todos em seus devidos lugares. O TCE não tem obrigação de acatar pareceres do MPC. Suas decisões são plenárias, assim funciona a democracia. Absolutamente oposta a Sheila, Alana Gondim é arredia a política e os holofotes. Se quisesse brilhar no mundo político, já teria conquistado um mandato.
Vereadora de Campina Grande, como foi seu tio Murilo, Prefeita de Pocinhos, ou até deputada federal. Quanto ao notável “saber jurídico” é um erro crasso no regimento do TCE. A Corte é de Contas, não de Justiça. A exigência deveria ser notável saber “contábil”. Se prevalecesse esta exigência, Sheyla não seria Procuradora, era assessora Jurídica.
Um dos maiores críticos ao sistema de poder da velha república, foi o brilhante Rui Barbosa. Na sua última tentativa de se eleger presidente, enfrentou o paraibano Epitácio Pessoa. Perdeu. Seus correligionários sugeriram que ele anulasse a eleição. Epitácio Pessoa estava na Europa, negociando o Armistício da II Guerra. Foi lançado, votado e eleito fora do país. O argumento era que nem o eleito tinha votado. Rui mostrando sua grandeza contestou. “Temos que respeitar a democracia, que é a vontade da maioria”. Mesmo não estando aqui, o preferido pelo povo foi ele, e não eu.