Industriais precisam de união e interação para defesa do setor, diz presidente da CNI
Publicado em 12 de abril de 2024Ricardo Alban participou da abertura do Imersão Indústria, maior evento do setor industrial em Minas Gerais, e de painel sobre “A defesa da Indústria nos três poderes
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu sinergia e a maior interação entre Federações Estaduais de Indústria, associações setoriais e sindicatos industriais para ampliar a força do setor na interlocução com os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Segundo ele, o momento é oportuno, pois a política industrial voltou para o centro do debate, e o fortalecimento da indústria colocará novamente o país na trilha do desenvolvimento.
Alban participou da abertura do Imersão Indústria, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), na terça-feira (10) e do painel “A defesa da indústria nos três poderes”, nesta quarta-feira (11). O Imersão Indústria é maior evento do setor no estado.
“Nós precisamos interagir muito mais entre nós, criar essa unicidade, porque juntos seremos mais representativos e mais ouvidos. Na CNI, nós sempre buscamos interagir com as Federações Estaduais, com as associações setoriais e com os sindicatos, por meio das Federações. Mas também estão focados nas indústrias, principalmente aquelas que podem criar grandes encadeamentos produtivos”, disse o presidente da CNI.
Segundo ele, a interação com as empresas é essencial para ampliar e melhorar percepção dos representantes industriais sobre as necessidades de quem está no dia a dia da operação. “Devemos ouvir quem está no chão de fábrica, o que dói, além de a compreender as ações positivas, que precisam ser replicadas, principalmente para aproveitar esse grande momento no país, em que todos falam de indústria”, avaliou Alban.
O presidente da CNI ressaltou a importância da interlocução entre líderes empresariais e representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Para ele, é possível ‘’fomentar o crescimento do setor produtivo a nível nacional, com apoio de um corpo técnico engajado e qualificado”. Alban também lembrou da necessidade de as Federações dialogarem com toda a sociedade, a fim de reforçar o impacto da indústria no dia a dia da população.
Diretor da CNI vê projeções positivas para a indústria nos próximos meses
Na sequência, o diretor de relações institucionais da CNI, Roberto Muniz, analisou o processo de industrialização do Brasil a partir de 1930, durante a Era Vargas. Oito anos depois, em 1938, foi criada a Confederação Nacional da Indústria. Segundo Muniz, ‘’a atuação de algumas Federações, incluindo a FIEMG, foi fundamental para o nascimento da entidade’’.
Ele lembrou, ainda, do acompanhamento legislativo diário realizado por interlocutores da CNI junto a representantes do poder público na tentativa de alavancar a cadeia produtiva e tornar o ambiente de negócios no país mais seguro. O dirigente também celebrou as projeções positivas para o setor em 2024, influenciadas pela tramitação da Reforma Tributária e pela criação do programa Nova Indústria Brasil (NIB).
O diretor jurídico da CNI, Cássio Borges, detalhou a atuação da entidade em prol da defesa dos interesses do setor produtivo. De acordo com ele, o trabalho do corpo jurídico da CNI é sistêmico, ‘’junto às Federações, sindicatos patronais e associações’’. Preferencialmente, a Confederação, quando atua no poder judiciário, aciona os tribunais superiores, como STF, STJ e TST, por razões legislativas e constitucionais
Presidente da FIEMG avalia que evento vai ampliar debate sobre temas complexos no mundo dos negócios
“Esse evento trata das oportunidades e dos desafios do setor produtivo”, disse o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, ao se referir a um dos propósitos do Imersão Indústria, que teve início nessa quarta-feira (10/2), no Minascentro, em Belo Horizonte. Até sexta-feira (12), o evento vai fomentar o debate de uma série de temas complexos e atuais que permeiam o mundo dos negócios.
Roscoe, mais uma vez, reforçou o protagonismo do Imersão por gerar “conexões, conhecimento, trocas de experiências e oportunidades de novos negócios e parcerias”. Em seu discurso, o líder empresarial agradeceu aos patrocinadores, apoiadores e aos colaboradores da FIEMG envolvidos na organização de encontro.
Ao trazer à tona a reflexão de assuntos como energia, ESG, tecnologia, meio ambiente e outros, Flávio Roscoe lembrou o papel da indústria no desenvolvimento socioeconômico do país, além do trabalho em conjunto com o poder público da resolução de questões que envolvem tanto o cidadão quanto quem produz e gera renda no país.
Na mesma direção, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, falou importância da parceria do setor produtivo com o estado em diferentes vertentes, visando à melhoria da qualidade de vida da sociedade.
“Nós podemos contar com a indústria também na formação de mão de obra, com destaque para o Trilhas de Futuro, em que temos mais de cem mil alunos matriculados em cursos técnicos”, disse.
O SENAI é um dos parceiros desse programa.
O Imersão Indústria é realizado pela FIEMG, pelo SESI e pelo SENAI, com patrocínio master da Gerdau, Vale, Gasmig, Cemig, Codemge, CNI e ArcelorMittal. O patrocínio ouro é da Herculano Mineração, Sicoob Credfiemg e Sicoob Credminas, Barbosa Mello e Caixa Econômica Federal. O patrocínio prata é da Bemisa, Localiza Gestão de Frotas, Vallourec e IVECO. O apoio máster é do Sebrae e apoio da RMMG, Mason Holdings, JMendes, Pfizer, (Re)energisa, Una, IEL e CIEMG.
Fonte: Assessoria