Gravado em Campina Grande, filme celebra a poesia de Ronaldo Cunha Lima
Publicado em 10 de maio de 2024Em fase de pré-produção, curta-metragem “Habeas Pinho” é assinado pela filha, Gal Cunha Lima, e terá Lucas Veloso no papel do político
Um dos nomes mais emblemático da política e da poesia paraibana estará nas telas de cinema, em breve. Está em fase de pré-produção o curta “Habeas Pinho”, trazendo à vida uma história marcante da década de 60, em Campina Grande, baseada no poema homônimo de Ronaldo Cunha Lima. A filha de Ronaldo, Gal Cunha Lima, lidera o projeto como produtora executiva em uma emocionante homenagem ao legado de seu pai.
O filme, que há anos era um sonho acalentado por Gal Cunha Lima, finalmente sai do papel, destacando não apenas a genialidade poética de Ronaldo Cunha Lima, mas também sua sensibilidade humana e compromisso social. “Essa talvez seja a poesia mais conhecida dele. Um seresteiro teve seu violão confiscado em Campina Grande, e Ronaldo, recém-formado em Direito, enfrenta o desafio de redigir uma petição em forma de poesia para recuperar o instrumento de trabalho do músico A petição/poesia é justamente ‘Habeas Pinho’”, conta.
Para Gal, este momento é de imensa importância, não apenas como uma realização pessoal, mas como uma forma de honrar o legado de seu pai. “Como homem público, Ronaldo foi poeta, político, advogado e um grande humanista, que dedicou sua ia a servir e fazer o bem sem olhar a quem, daí a importância desse filme”, destaca Gal.
A produção conta com um elenco e equipe técnica predominantemente paraibanos, como uma forma de prestigiar e destacar o talento local. “Faço a produção executiva, juntamente com Valério Lima, que esteva em grandes produções, como os recentes ‘Cangaço Novo’ e ‘Maria Bonita’, o ator Lucas Veloso, confirmado para interpretar Ronaldo, enquanto outros nomes renomados estão em processo de confirmação”, adianta.
Dirigido por Nathan Cirino e Aluízio Guimarães, ambos campinenses, o roteiro de “Habeas Pinho” foi cuidadosamente concebido com a colaboração de Glauce, que trouxe informações valiosas sobre seu pai para enriquecer a narrativa. “Foi um processo bem delicado, pois não é fácil falar de um pai, ainda mais público, mas eles conseguiram fazer um lindo roteiro”, destaca. O diretor de Fotografia é João Carlos Beltrão, um dos mais prestigiados do meio audiovisual paraibano na função.
Cronograma
Com captação por meio da Lei Rouanet, as gravações estão programadas para começar em julho deste ano, marcando o início de uma jornada emocionante para todos os envolvidos. “Confesso que dá aquele frio na barriga, natural de quem se arrisca, se lança. Sempre tive esse sonho e ele está se realizando, esse curta-metragem é o passo para o longa no qual quero contar a história de um homem ímpar, que deixou um grande legado de amor, honestidade e solidariedade. Deixou suas poesias para a eternidade, seu sorriso largo, memória privilegiada e seus ‘causos’, histórias de vida, dores e vitórias”, complementa.