Marcos Marinho
Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.
Gil e a LATRINA administrada pela ACI
Publicado em 11 de novembro de 2022O persistente jornalista Gil Campos, que precisou fugir de Campina Grande anos atrás quando era repórter policial do Jornal da Paraíba e passou a receber ameaças de grupos locais de extermínio, mantém inabalável o seu amor pela cidade, onde ainda conserva uma legião de bons amigos daqueles velhos tempos.
Dia desses, por telefone, me consultou sobre a viabilidade de retornar à terrinha e aqui exercer outra vez o seu labor. Ouvi os seus argumentos, mas não tive coragem para desaconselhá-lo da intenção.
E por que Gil me consultou?
Acho que por conta das nossas histórias serem similares…
Eu “fugi” para São Paulo ainda quase um menino e também por estar naquela época sofrendo ameaças. Não as físicas, como as que forçaram o voo de Gil, mas as intelectuais (diga-se assim, mesmo, para não se desvalorizar ainda mais os invasores de então).
A “borra” daquele tempo, que cuspia microfones e amassava laudas de papel nas redações dos jornais impressos, inclusive no mesmo Jornal da Paraíba onde o baixinho trabalhou e que eu fui um dos fundadores em um “time” com craques da estirpe de um Nilo Tavares, um William Tejo, um Josusmá Viana, um Ismael Marinho, um Robério Maracajá, um José Levino, um Vespaziano Ramalho, dentre outros, hoje multiplicada deu filhotes incapazes, nojentos, insanos e mais do que isso: useiros do famigerado “toco”, ou “jabá”, que costumeiramente extorquem de empresários e/ou de políticos aos quais, para sobreviverem nos esgotos onde chafurdam vozes e textos, alugam suas línguas ferinas e insanas e sebosamente assassinam a língua-pátria, num escárnio que não respeita e nem comporta limites.
O bom Gil Campos, que trafega num mundo diferente e ético, onde o profissional de imprensa continua sendo respeitado e valorizado, teve a infeliz ideia de aceitar convite da presidência da Associação Campinense de Imprensa (ACI), ou de alguma ou algum acólito do metido a brabo Chefão temporário de lá, e foi incluído como membro do grupo de ZAP lá formado com jornalistas (sic!?) do Estado.
Imagino ter ele pensado que através desse apêndice melhor se integraria aos confrades e, assim, o retorno ao batente nas redações locais poderia lhe ser aplaudido e facilitado.
Ledo engano!
Bem à vontade no grupo, certamente achando que a cabeça dos (e das, principalmente) colegas campinenses seria igual à dos paulistanos, Gil passou a expor o seu livre pensar e dar a sua opinião pessoal em pautas que a turma alimentava nas discussões no ZAP.
Mas, não tardou a se dar mal e aí perceber que o campo minado pelas baboseiras e idiotices quase soberanas, postadas no que deveria ser um nobre espaço no qual a troca de ideias dos iguais deveria ser o foco principal, não passa de um ajuntamento antidemocrático bichado pela intolerância e falta de empatia de quase a totalidade dos que por lá ainda se dão ao ‘gozo supremo’ de permanecer para açoitar os que – caso de Gil e uma outra meia dúzia de valorosos verdadeiros profissionais – ainda podem ser identificados como JORNALISTAS e não “toqueiros” irresponsáveis que vivem esmolando o pão nosso de cada dia usurpando vaga de quem é qualificado para o mister.
Hoje, recebi de um terceiro amigo cópia de artigo da lavra de Gil Campos, publicado lá em São Paulo, onde ele expõe essa vergonha que é o grupo de ZAP da Imprensa local, mais para lixo em monturo do que local para temas em debate.
Eu mesmo, naquele imundo grupo que honrosamente optei por sair, fui chamado também como foi Gil agora pelo destrambelhado presidente da ACI, de CANALHA, o que, convenhamos, saindo de orifício tão fétido, passa a ser elogio.
Fizestes bem, amigo Gil, em deixar que as Simones da vida, os Edson’s dos cantos de parede e outros ou outras que se acham suprassumos do jornalismo da província continuem a enxovalharem-se a si mesmos, porque seus pedregulhos jogados contra nós não nos atingirão jamais.
Segue abaixo – com seu consentimento para assinar em baixo – e para melhor compreensão de quem sabe o que é JORNALISMO, o brilhante, corajoso e oportuníssimo texto de Gil, na forma como foi publicado lá, no maior centro financeiro e cultural da América Latina: