FIEPB em ruínas: clima de perseguição e apadrinhamento toma conta da instituição

Publicado em 15 de maio de 2025

A Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB) vive um dos momentos mais conturbados de sua história recente. Se alguém achava que não poderia piorar, piorou. E muito. Sob a presidência de Cassiano Pereira, que exige ser chamado de “Presidente” em qualquer ambiente, a entidade vem enfrentando uma onda de denúncias, exonerações em massa e clima de instabilidade interna.

Instituições vinculadas, como o SESI, SENAI e IEL passam por um verdadeiro processo de desmonte. Segundo relatos de funcionários, mais de 300 profissionais experientes foram demitidos, dando lugar a indicados políticos e aliados do presidente, sem qualquer histórico ou familiaridade com o Sistema S. A troca gerou um grande colapso operacional e descontentamento generalizado.

O setor de ‘Compliance’, que deveria zelar pela integridade e legalidade das ações institucionais, passou a ser visto internamente como um centro de esquemas administrativos. O atual gerente é apontado como amigo de infância da influente Dona Silvia — conhecida nos corredores da FIEPB como “capirota”, e considerada uma espécie de primeira-dama extra oficial da instituição.

Silvia é acusada de usar sua influência para moldar decisões administrativas em benefício próprio e de seus aliados. Nomes envolvidos em escândalos anteriores, como o da Cruz Vermelha, estariam atuando novamente na estrutura da FIEPB. Entre eles, o citado Ney Suassuna, um ex-governador que hoje mora em Brasília e o fiel operador Estélio, com histórico de participação em esquemas passados, agora atuando com discrição e cautela.

O clima entre os colaboradores é de medo. Afastamentos por problemas de saúde mental e uso de medicamentos controlados se tornaram comuns. O temor de ser demitido a qualquer momento paira sobre os corredores, onde reina o silêncio e a insegurança.

Apesar disso, o estatuto da FIEPB prevê mecanismos de controle e responsabilização. Muitos acreditam que o Conselho de Representantes pode – e deve – agir imediatamente, convocando uma reunião extraordinária e destituindo o atual presidente. Há, inclusive, apelos por novas eleições.

Denúncias já chegaram ao Ministério Público, mas o andamento é incerto. Internamente, o presidente alardeia que tem a Justiça e a imprensa “nas mãos”. A sociedade e os colaboradores aguardam respostas.

Fonte: Da Redação