Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

FAKE NEWS DO GOLPE É PARA DESMEMORIZAR O POVO – (Parte II)

Publicado em 1 de dezembro de 2024

O homem “missão” ministro Alexandre de Moraes – que um dia será julgado pela história – aceitou a tarefa de tornar Lula um candidato competitivo nas eleições de 2022. A regra era simples: “ao amigo tudo, ao inimigo a lei, que se não existir eu criarei”. Ao iniciar a campanha, seu papel foi obstruir, dificultar e inviabilizar a postulação do presidente Bolsonaro, candidato à reeleição. Acatava todo tipo de pedido da oposição para remover conteúdo das redes, impedir reprodução de vídeos, reportagens, notícias e até opinião do jornalismo independente, sobre o passado do ex-presidiário Luíz Inácio da Silva. Usaram poder de polícia para barrar a divulgação de qualquer fato do passado que mencionasse a roubalheira dos 14 anos do PT no poder.

No dia 07 de setembro de 2022 Moraes, TSE/STF e a “Confraria” das esquerdas constataram que Lula estava irremediavelmente derrotado. As manifestações de Brasília, Rio (Copacabana), São Paulo (Av. Paulista), demais mobilizações igualmente gigantes nas capitais e cidades de todo o país, levaram milhões de pessoas às ruas, com imagens registradas até pela mídia militante. Foi o maior evento político da história do país, desde a proclamação da República. Superou as “Diretas Já”, e as passeatas de 1964 da TFP – Tradição Família e Pátria, para derrubar o governo João Goulart.

O PT timidamente ainda tentou se mobilizar no mesmo dia – somente em São Paulo – no Vale do Anhangabaú. Artistas e intelectuais (vacas sagradas) das esquerdas, não conseguiram ocupar 10% do espaço, outrora berço petista/sindicalista, lotado nestes eventos. O local não corresponde a dois quarteirões da Av. Paulista. Bolsonaro estava reeleito a 26 dias antes da eleição. Lula não conseguia andar nas ruas, seus comícios eram realizados em ambientes fechados, para um público máximo de 5 mil militantes, deslocados de diversas cidades e puxados pelo MST/sindicatos rurais. Nem os metalúrgicos da grande São Paulo participavam mais destes encontros.

Na noite do dia 02/10/2022 veio a surpresa. Lula obteve 48,43% dos votos, contra 43,20% de Bolsonaro. Silêncio, tristeza e um profundo desencanto se abateu sobre a nação do Oiapoque ao Chuí. Ninguém acreditou no resultado das urnas. Nem os próprios petistas comemoraram. Onde esteve escondido todo este eleitorado? Na CNN a militante Daniela Lima, talvez com uma bola de cristal, não se contentando, afirmou: Lula ultrapassará às 18:45. Muito estranho… No segundo turno, Bolsonaro repetindo o primeiro turno, foi ultrapassado novamente às 18:45 (?).

No período após o primeiro turno, na medida que Bolsonaro avançava as perseguições da Justiça Eleitoral o alcançavam, chegando ao ponto da ministra Carmem Lúcia rasgar uma cláusula pétrea da Constituição, suspender os direitos de liberdade e expressão e opinião, dando carta branca para o ministro Alexandre de Moraes implantar a “censura prévia” no rádio, TV, jornais, revistas, sites e canais do Youtube. No antigo Twitter, simplesmente removiam as postagens pró-Bolsonaro. Persistentes, todos criaram outras contas. Mas, não alcançavam a segunda postagem. O único não atingido foi o Telegram – até o segundo turno – depois, foi punido e permitiu que os “Censores” petistas/comunistas, escalados pelo TSE, removessem conteúdo.

Por volta das 20:00hs – dia da apuração do segundo turno – quando o TSE anunciou que Lula foi o vitorioso, o Estado do Paraná foi o primeiro a se rebelar. O povo nas ruas, “buzinaço” nas cidades, estradas… No dia seguinte, começaram os bloqueios das rodovias. Em três dias, o país estava praticamente paralisado. Ninguém entrava ou saía de São Paulo, Brasília, Goiânia… Todas as estradas estavam sendo interditadas pelo povo, protestando contra os que avisavam que “eleições não se ganha, se toma”. Bolsonaro não deu uma única declaração. O povo foi que se sentiu traído e reagiu. Não se sabe de quem foi a ideia de ir para a frente dos Quarteis. Logo que foi compartilhada nas redes, onde existiam Quartéis o povo estava lá, rezando, orando e cantando o hino nacional.

Temendo perderem totalmente o controle, Alexandre de Moraes antecipou a diplomação de Lula. Após ser diplomado, o novo governo inicia o processo de transição. O nome dos novos comandantes das três Forças, Exército, Marinha e Aeronáutica, escolhidos por Lula, foram encaminhados para Bolsonaro nomeá-los imediatamente, vinte dias antes de terminar seu mandato. Ele atendeu prontamente. A pergunta que não cala: “como Bolsonaro iria dar um golpe de Estado com Generais, Almirantes e Brigadeiros Lulistas/petistas”? Por que a grande mídia é tão perversa contra o povo, e ainda insiste na mentira do golpe? Em seguida, última parte.