Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

FAKE NEWS DO GOLPE É PARA DESMEMORIZAR O POVO – (Parte I)

Publicado em 28 de novembro de 2024

É dever do jornalismo imparcial restaurar a verdade dos fatos e seus antecedentes, relembrando todos os episódios ocorridos a partir de 2021, cujo propósito era impedir a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Criaram uma “confraria”, e em torno de uma mesa sentaram-se STF/TSE, Consórcio Midiático; Institutos de Pesquisas; setor artístico cultural das esquerdas; influenciadores digitais, e um tema aterrorizante: “Bolsonaro reeleito é uma ameaça à democracia” (?).

Algo tão semelhante e estapafúrdio – já esquecido pelo povo – como a campanha do PT em 2018: “eleições sem Lula é golpe”. Quem negou o registro de candidatura de Lula foi a Justiça eleitoral (TSE). Entretanto, a pressão das esquerdas na época era para tirá-lo da cadeia e acabar com a lava-jato. Lula jamais venceria Bolsonaro, ou qualquer outro candidato que abraçasse o discurso dos 14 anos de corrupção dos governos petistas, com roubos, ladroagens e escândalos desde o final do primeiro ano de seu mandato ainda em 2003, “Mensalão”, encerrando-se em 2016 com o “Petrolão”.

Por trás de todo histórico das esquerdas no mundo sempre predominou a “manipulação”. Quem tem um mínimo de bom senso sabe perfeitamente que Dilma Rousseff nunca foi reeleita. Aécio Neves perdeu para “urnas eletrônicas”. O PSDB, na época, realizou apuração “paralela”. FHC, Aluízio Nunes e o alto “tucanato”, após o resultado de 90% das urnas – Aécio Neves à frente – embarcaram num voo para Belo Horizonte, onde comemorariam a vitória. De repente, o sistema travou e houve um “apagão” na contagem do TSE. Após 40 minutos, o telão voltou, registrando 99% dos votos apurados, Aécio atrás, sem chances de reverter o quadro. Até hoje não se sabe em que momento Dilma virou, ou ultrapassou Aécio. Quem presidia o TSE era o Ministro Dias Toffoli, ex-advogado do PT, “cria” de Zé Dirceu.

O PSDB impetrou ação, pedindo a recontagem dos votos. Dias Toffoli respondeu que era impossível. O sistema não tinha “mecanismos” que permitissem auditagem. E considerou encerrado o assunto. O estouro da Lava-Jato serviu como “cortina de fumaça”, desviando o foco da fraude eleitoral. O povão se sentiu vingado com as prisões dos “petistas” e na sequência o impeachment da presidenta não reeleita.

Mesmo assim, nem todos se dispersaram. A Câmara dos Deputados votou e aprovou uma PEC, criando o voto impresso para as eleições de 2016. Presidindo o TSE, Gilmar Mendes alegou falta de recursos. Mas, garantiu adquirir novas urnas para o pleito presidencial de 2018, o que não aconteceu. Em 2018, as eleições foram realizadas com as mesmas urnas “viciadas”, tal qual roletas de cassinos. Rosa Weber presidiu o pleito, e graças às urnas, Fernando Haddad conseguiu chegar ao segundo turno.

Todo o Poder Judiciário da época – exceto Celso de Mello e Gilmar Mendes – tinha sido nomeado por Lula e Dilma. Como confessou Zé Dirceu – sem o menor pudor – os candidatos eram selecionados por ele, para depois serem indicados e sabatinados pelo Senado Federal. O segundo turno de Haddad em 2018 foi para evitar a extinção do PT. Haddad foi prefeito de São Paulo, eleito em 2012. Em 2016, candidato à reeleição, perdeu para o almofadinha João Dória, no primeiro turno. Desde que foi criado o segundo turno (1992), Haddad foi o primeiro candidato a não alcançá-lo, mesmo estando sentado na cadeira e com poder de caneta. Não era conhecido no país – principalmente Norte/Nordeste – ventre “fecundo” dos seus votos para chegar ao segundo turno contra Bolsonaro.

Na sequência, “parte II” da Fake News do golpe…