EXCLUSIVO – Cortes de mordomias motivou a briga pela eleição na FIEP

Publicado em 21 de setembro de 2023

Alagoano Manoel Gonçalves, Marajá revanchista que desagregou o Conselho da FIEP.

Apurando em profundidade origens e motivos de todo o imbróglio que envolveu a reeleição de Buega Gadelha para mais um período à frente dos destinos da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), o jornalismo investigativo de A PALAVRA se deparou na causa que culminou em efeitos desagradáveis, permeado de ódio e rancor, com desconstruções de imagens, acusações pérfidas e infundadas, movida por membros da oposição que enveredaram pelos caminhos da “judicialização”, tendo como destino final a Corte da Justiça do Trabalho da Paraíba (TRT/PB).

Impossível de se imaginar tamanha discórdia num pequeno e seleto grupo, composto de presidentes de Sindicatos Patronais (empresários), que se permitiram envolver numa mixórdia de interesses individuais distintos, estimulados nos bastidores por uma figura manipuladora, com propósitos desagregadores.
Bíblico: “onde está o teu tesouro, está o teu coração”.

O alagoano Manoel Gonçalves, acolhido por Buega Gadelha como Conselheiro da FIEP por duas décadas, desfrutava de uma série de mordomias na entidade, fatos que passavam despercebidos, pelo respeito que fruía junto aos dirigentes do SESI, SENAI e IEL, e sua estreita aproximação com a Presidência da Casa. Como negar um pedido de Manoel Gonçalves?

O ousado alagoano usava os veículos oficiais do SESI ou SENAI, com motoristas à sua disposição, para se deslocar nos finais de semana até suas fazendas no distante Estado de Alagoas, transportando regularmente veterinários e vacinas para seus rebanhos. Um outro veículo ficava de prontidão para ir a Recife, trazer seu filho para Campina Grande e retornar nos domingos à noite, ou manhã das segundas-feiras.

Nas planilhas acessadas percebe-se uma retirada “fantasma” em nome de seu cunhado, filho e nora, valores em torno de oito mil reais mensais desde 2016. Algo em torno de 90 mil por ano, que até 2022 ultrapassou meio milhão de reais. Tudo dentro da mais “perfeita ordem” e acima de qualquer suspeita. Infelizmente, talvez o alagoano não se atenha aos ensinamentos dos ditados populares: “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe”.

TROPEÇO

Nos anos 2021/2022 o Rei ficou nu. “Em cima de queda, coice”, aziago envelopado no adágio popular, ao se referir a eventos agourentos. Manoel Gonçalves foi derrotado por unanimidade na disputa para continuar na presidência do seu Sindicato, exigência ou pré-requisito indispensável para permanecer como Conselheiro da FIEP. Como se não bastasse, uma auditoria externa identificou todas as suas regalias, fatos incontestáveis, que obrigou o presidente Buega Gadelha a cortar imediatamente os seus privilégios abusivos. Manoel Gonçalves foi atingido na parte mais sensível do corpo humano: o bolso. Mas, tentaria reaver tudo que havia perdido “chutando o pau da barraca”, ao lado de outros descontentes que ansiosamente esperavam assumir a presidência do prestigiado órgão, que representa os interesses da política de industrialização do Estado da Paraíba.

CANDIDATURA

Em março de 2022, depois do efeito de seus infortúnios, Manoel Gonçalves partiu para a revanche. Resolveu lançar sua candidatura à sucessão de Buega Gadelha, mesmo conhecendo o Estatuto da Instituição, que o tornava inelegível por não fazer parte do Conselho, nem presidir nenhum Sindicato Patronal. Todavia seu objetivo era ganhar apoio de Conselheiros dissidentes, abrir mão do direito que não dispunha, mas levar Buega a bater chapa com alguns díscolos de sua gestão, pelos mais diversos motivos, inclusive as mesmas “mordomias” que gozava Manoel Gonçalves.

A partir daquele momento instalou-se um verdadeiro quadro de guerra. Usaram a beligerância e tentaram se aproveitar da fragilidade de seu oponente em combate, para derrotá-lo e tripudiálo, ignorando por completo o quadro de saúde de Buega, recuperando-se de uma cirurgia de alto risco na coluna vertebral, e em seguida passando por duas outras intervenções no coração, com implantação de pontes de safenas.

RESPEITO E PRESTÍGIO

Fisicamente fragilizado, com limitações para fazer sua campanha, Buega Gadelha contou com o apoio irrestrito dos mais respeitáveis membros do Conselho, que o acompanharam e se desdobraram para reconduzi-lo. Resistiram a todo tipo de assédio da chapa da oposição, com propostas indecorosas, tentativas de cooptação através de valores expressivos. Buega consolidou sua vitória, superando os nefastos intentos de seus opositores e suportando uma insana campanha da mídia tradicional, inoportuna e desleal, inspirada no mau jornalismo (blogueiros) que sobrevive da extorsão.

Fonte: Da Redação (Junior Gurgel)