Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

ESPECULAÇÕES SOBRE INDICAÇÕES PARA O TCE

Publicado em 1 de agosto de 2024

São três vagas, para quatro prováveis postulantes. Postos que serão ocupados a partir de dezembro deste ano (2024) com a aposentadoria compulsória do conselheiro Arthur Cunha Lima.

Em setembro de 2025, Fernando Catão completará 75 anos. E no primeiro semestre de 2026 antecipação da aposentadoria (a pedido), já anunciada, do atual presidente da Corte de Contas, conselheiro Nominando Diniz.

A lista dos quatro pressupostos candidatos, que esperam ser indicados pelo governador e aprovados pelo plenário da Assembleia Legislativa é encabeçada pelo deputado estadual Tião Gomes. Entretanto, três outros nomes – segundo fontes palacianas – estão de sobreaviso: Deusdete Queiroga, Ronaldo Guerra e Nonato Bandeira, trio que compõe o restrito núcleo de orientação da gestão técnica e política do governo. Contudo, é imprescindível bom trânsito no parlamento, especialmente com o presidente da Casa Epitácio Pessoa, o deputado Adriano Galdino.

Especulações recentes, exploradas nas redes sociais apontando o atual governador João Azevedo como um dos pretendentes, não passam de elucubrações insensatas, desatinadas, incoerentes – comumente produzidas com leviandade pela “mídia de batente” – carente de fatos, obrigada a entregar diariamente ao leitor um “furo”. Cultivar este tipo de contrassenso, ao invés de agradar, desagrada ao Palácio. Apequena a imagem do governador – qualquer que seja ele – que almeja ser reconhecido na posteridade como “Líder Político”. Lutar por uma vaga no TCE? Sugere mesquinhez, por um contracheque. Esqueceram até a idade do governador, nascido em 14/08/53. Quando concluir seu mandato, estará com 73 anos. Idade máxima: 70 anos.

Quem cometeu este erro foi o ex-governador João Agripino, após o término de seu mandato no ano de 1970. Foi nomeado em 1971 ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), cargo que ocupou apenas por três anos, chegando à presidência. Mas, tardiamente, percebeu que perdera a posição de líder político do Estado da Paraíba. Ao afastar-se da vida pública, seu espaço foi ocupado e rapidamente o esqueceram, inviabilizando sua volta, tanto para o Senado da República quanto para uma eventual tentativa de governar pela segunda vez a Paraíba. Seu sucessor político foi o deputado federal Antônio Mariz, que iniciou sua carreira como prefeito de Sousa (PB).

O nome da senadora Daniella Ribeiro também chegou a ser cogitado. Seu “apagão” midiático – distância do Estado – nenhum registro na mídia de sua presença neste período de convenções, com vistas às eleições municipais, oportunizou comentários, inspirados pelos especuladores de plantão. Daniella desistiria de tentar renovar seu mandato para o Senado em 2026? Fofoca ou não, complementando a “hipótese”, relatam que se trata de um pedido de seu filho, vice-governador Lucas Ribeiro, feito diretamente ao governador João Azevedo.

João teria prometido prontamente a indicação, desde que fosse para ele (Lucas). Se a versão for verdadeira, Lucas aproveitaria a mesma oportunidade oferecida a Arnóbio Viana e Fábio Nogueira, que com sua idade atual chegaram ao TCE.

Adriano Galdino, como presidente da ALPB, assumiria a vaga de vice. João disputaria uma das vagas para o Senado, e Galdino uma reeleição, no cargo de governador, com poder de caneta.

É difícil acreditar nesta conjectura simples, fácil, acomodando todos. Mas, em se tratando de política, tudo é possível. Nenhum “cacique” das tribos políticas de Campina Grande previa a desistência de Romero Rodrigues de sua candidatura ontem (31/07/2024). Ele abdicou.