Escola promove palestra que discute discriminação e direitos das mulheres na sociedade e os desafios para vencê-los

Publicado em 4 de abril de 2024

Com o tema “A Discriminação da Mulher na Sociedade, trabalho precarizado e os Desafios para Vencê-lo”, aconteceu na tarde desta quarta-feira, 03, uma palestra na Escola Estadual senador Humberto Lucena em Campina Grande, proferida pela trabalhadora do aplicativo Uber Brasil, Sharlene Dumonte e pela vereadora Jô Oliveira, destinada aos estudantes do ensino médio do educandário.

O evento foi idealizado, planejado e executado pelo professor e ativista social, João Tavares da Silva Neto. Tavares Neto, tem um histórico de luta ligado aos Movimentos Sociais, como esquerdista (é membro fundador nacional do Partido Socialismo e Liberdade-PSOL) cuja militância objetiva trazer formação e consciência ao povo que é esquecido e massacrado pelo sistema vigente, sempre pensando na construção de uma sociedade mais justa, aonde todos tenham o mínimo para a sobrevivência. Professor Tavares Neto leciona a disciplina Língua Portuguesa, pelo Estado em Campina Grande e pelo município de Mogeiro.

A fala da palestrante Sharlene Oliveira, foi uma descrição de como é o cotidiano de uma trabalhadora esposa e mãe, em um ambiente predominantemente masculino. A recifense de 35 anos contou aos alunos que logo cedo do dia cuida dos afazeres domésticos, em seguida arruma a filha, deixa na escola e em seguida segue para o trabalho, que se estende até o final do dia. A motorista do Uber disse que tudo começou por necessidade e falta de opção no mercado de trabalho, ela contou ainda que é muito respeitada pelo público feminino de uma idade mais elevada que a tratam como filha, já em relação aos homens ela falou que impõem limites em alguns assuntos para evitar algum tipo de constrangimento e assédio.

Por sua vez, a professora Raíssa Silveira, integrante do corpo docente da escola, comentou que um evento como esse, é de fundamental importância para o enriquecimento de conhecimento dos alunos, principalmente para aqueles que irão concluir o ensino médio este ano e que irão fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), segundo ela, o repertório desses estudantes melhora muito com essas atividades extracurriculares.

A vereadora Jô Oliveira disse que faz questão de estar presente nsestes ambientes escolares. A parlamentar comentou que enquanto agente política é uma experiência muito boa conversar com esse público, que ainda se encontra em formação, ela enfatizou que nestes temas que tratam de racismo, violência e direitos das mulheres sempre existe uma possibilidade de construção e aprendizado. A vereadora ainda falou e defendeu o Projeto de Lei (PL) que visa regulamentar e dar o mínimo de garantias sociais para os trabalhadores destes aplicativos no Brasil.

“Nesta discussão do Projeto de Lei que vai trazer o mínimo de garantia para os trabalhadores uberizados e precarizados é preciso entender a lógica do capital que é predador e não aceita nenhum tipo de direitos para os trabalhadores, visando tão somente o lucro, o mais agravante de tudo isso é que tudo que é arrecadado no país por esta multinacional não fica no Brasil, vai tudo para o país de origem, isso precisa ser discutido, mostrado a sociedade, para que venha sim, uma regulamentação para amenizar esses problemas”, disse Jô Oliveira.

Fonte: Assessoria