Enfermeiro que hospital diz não ter registro funcional assedia sexualmente mãe menor de idade ao atender paciente
Publicado em 5 de maio de 2022Uma jovem mãe de 17 anos de idade, que foi ao Hospital Municipal da Criança e do Adolescente com sua filha de apenas oito meses de vida, teria sofrido por parte de um técnico de enfermagem da unidade ‘assedio’ sexual, denúncia essa registrada na Central de Polícia via Boletim de Ocorrência.
A menor, cujo nome fica preservado neste texto, segundo o Boletim de Ocorrência feito na mesma data (04.05.2022) registra que ao chegar ao hospital para receber o atendimento, o técnico de enfermagem Marcelo Pereira de Almeida veio a realizar a medicação na bebê, momento em que a adolescente perguntou se poderia dar a medicação à criança dormindo e Marcelo respondeu: “Posso botar em você dormindo?”. A adolescente não entendeu o que ele falou e ele repetiu: “Quero botar em você dormindo!”. E em ato continuo alisou o cabelo da adolescente.
Uma outra mãe presenciou o fato e aconselhou: “Isso é assedio, denuncie!”.
Segundo o BO, a coordenadora do hospital foi procurada e disse inicialmente que o técnico de enfermagem foi solicitado a sair e que sofreria uma suspensão. A coordenadora do hospital também disse que este era o primeiro dia de trabalho desse profissional e que o hospital não tem nenhum documento dele.
OUTROS DESCASOS
No último dia 18 de abril, a direção do Hospital da Criança e do Adolescente de Campina Grande foi alvo de denúncia de abandono, onde por meio das suas redes sociais, o repórter Marcos Aurélio denunciou que mães esperam horas com suas crianças doentes na recepção do hospital, algumas delas com febre, vômito e dores.
A unidade na avenida Floriano Peixoto, no bairro do Centenário e é administrada pela gestão municipal.
SECRETARIA ABRE INQUÉRITO
A Secretaria de Saúde de Campina Grande divulgou nota sobre o fato e diz entender que esse tipo de conduta deve ser banida entre a sociedade, informando que abriu um inquérito administrativo e já afastou o funcionário alvo da denúncia, das atividades diárias, até que sejam concluídas as investigações e o inquérito administrativo.
A Secretaria Municipal de Saúde lamenta o ocorrido e repudia veementemente atos de abuso ou assédio sexual, importunação, inconveniência ou outras formas de abuso contra quaisquer cidadãos. A pasta ressalta ainda que se trata de um caso isolado, representando uma conduta isolada de um servidor recém-contratado, que estava no seu primeiro dia de trabalho.
O Hospital da Criança e do Adolescente Dr. Severino Bezerra de Carvalho reafirma o seu compromisso com todos os pacientes, familiares e funcionários da instituição hospitalar e se coloca à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Por fim, a Secretaria informa que dispõe de uma coordenadoria para elaborar políticas públicas para o enfrentamento às violências contra as mulheres e de serviços de assistência às mulheres vítimas de violência sexual, em algumas unidades, a exemplo da maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA).
A Secretaria orienta que todo e qualquer caso de assédio sexual seja denunciado através da Polícia Civil, no disque-denúncia 197, ou pela central nacional de atendimento à mulher, através do número 180.
Fonte: Da Redação