Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

ELEIÇÕES NO BRASIL E VENEZUELA: MÉTODOS DIFERENTES, RESULTADOS IDÊNTICOS (Parte II)

Publicado em 24 de agosto de 2024

O presidente Nicolás Maduro, após encontro em Barbados (outubro de 2023 , evento avalizado pelo Brasil (Lula e Celso Amorim), celebrou acordo com a oposição venezuelana e marcaram eleições diretas para 24/07/2024. Em troca, os Estados Unidos suspenderam inúmeras sanções impostas ao país desde 2017. Maduro liberou presos norte-americanos, condenados por espionagem e tentativa de golpe de Estado.

Exercendo controle absoluto sobre o CNE (Conselho Nacional Eleitoral, órgão correspondente ao nosso TSE), todos os candidatos com potencial eleitoral para derrotá-lo foram previamente impedidos. Só restou Edmundo González, desconhecido pela população. O ex-embaixador registrou sua candidatura no apagar das luzes, no final de março (2024). O “Chavismo” não o considerou competitivo, capaz de superar Maduro, programas sociais – como o Bolsa Renda do Brasil – apoio da Polícia, Guarda Bolivariana, Forças Armadas e milhões de funcionários públicos. Subestimaram o povo.

Corina Machado aderiu ao candidato Gonzáles, e levou com ela toda a insatisfação da população venezuela, cansada de um regime que se iniciou com Hugo Chávez em 1998, responsável pelo empobrecimento do país. Corrupção, criminalidade banalizada, permissão para operações de organizações criminosas ligadas ao narcotráfico… Uma bandidagem unida que domina a nação, onde até o próprio Maduro, talvez hoje, seja refém deste sistema. González ganhou, mas não levou.

A luta da máfia criminosa que controla o “Chavista comunista” venezuelano, tem sido para se manter no poder. No Brasil (2022) esta “anturragem” se reorganizou pós lava-jato para tomar, ou voltar, ao poder. Começaram com o impedimento da impressão do comprovante do voto (ministro Barroso). Em seguida, (ministro Fachin) restringiu o acesso das FFAA, permitindo inspeção em apenas 30% das urnas adquiridas.

Para completar o trabalho, escalaram Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. Um ultrapassou todos os limites da legalidade, exibindo sua parcialidade em favor do PT, perseguindo e boicotando a campanha de Jair Bolsonaro. Quanto a ministra Cármen Lúcia, suspendeu as garantias constitucionais da liberdade de opinião, manifestação e expressão, rasgando a Constituição. A pergunta que não cala: quando a Suprema Corte de um país rasga a Constituição a quem cabe o poder para intervir, punir e restabelecer a ordem? Quem estaria apto a requerer a GLO? As FFAA?

No auge da Lava-jato o ministro Gilmar Mendes em entrevista as redes de TV advertiu: “o PT tem dinheiro para disputar eleições até 2038”. Só um gerente da Petrobras devolveu 190 milhões de dólares. O rombo do superfaturamento na empresa foi de 44 bilhões de dólares. Seis foram recuperados. Gilmar sabia de tudo.

Quanto custou o “Consórcio Midiático” que comprou a grande mídia e os institutos de pesquisas? Centenas de milhões de dólares. Os jornalistas podem até terem agido, sob a égide de suas bandeiras de esquerda. Mas, os proprietários das empresas, cobraram caro e exigiram pagamento à vista. Onde estava este dinheiro? Grande parte, na vizinha Venezuela e Cuba, para onde foram destinados mais de 4,5 bilhões de dólares, dinheiro do BNDES, para execução de obras como Porto, construção de Metrô, pontes, rodovias e barragens, sem licitação, com preços superfaturados, executadas pelas “Campeãs” – empresas ligadas ao PT. O medo de Lula e Celso Amorim é uma confissão de Maduro. “Ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão”.

Nem a Venezuela ou Cuba pagarão o que devem ao Brasil (dinheiro nosso). Maduro não devolverá mais um centavo. Esta é a razão do Brasil proteger Maduro: dinheiro guardado na Venezuela.