Valberto José

Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.

Ele leu e recomenda, eu não li e indico

Publicado em 25 de março de 2024

A visita do amigo Jurandy França, paraibano de Arara e advogado com atuação na capital paulista, em janeiro, foi concluída numa livraria. Era uma sexta-feira, e passamos parte do dia percorrendo, como sempre acontece quando ele vem de férias e passa por aqui, locais marcantes da Campina Grande do seu tempo de estudante secundarista ou do pouco tempo em que estudou jornalismo no Curso de Comunicação Social da antiga URNE, onde nos conhecemos.

Iniciamos nosso périplo pelo recém-inaugurado Arco Metropolitano, vimos em que estágio está a construção do Centro de Convenções, fomos ao antigo estádio Plínio Lemos, hoje Vila Olímpica, e contornamos o Açude Velho. Antes de almoçar, no Bodão, passamos pela loja do Campinense (que estava igual ao time) para que ele comprasse uma camisa da Raposa para o neto paulista, de apenas 10 anos, que lhe exigira como presente.

Visitamos outros locais da Rainha da Borborema, e fui deixar Jurandy na rodoviária velha, onde ele embarcaria no ônibus com destino a Arara, e lá ainda permaneceria uns dias antes de retornar a São Paulo. Comprada a passagem, com tempo de ainda andarmos, propus-lhe visitar a Livraria Cultura, pois queria presenteá-lo com um livro à sua escolha.

Na biblioteca mercantil, ele devolveu a peteca para mim. “Escolhe um”. Cocei a cabeça e obedeci, volvendo os olhos pelas estantes, sem encontrar um que me convencesse. Aí, depois de passeios oculares por todo espaço, centralizei a vista na estante de autores paraibanos; ao ver nome de Vanderley de Brito e Erik Brito, pensei: é este. O livro, A Passagem das Espinharas. “Comecei a leitura, estou gostando muito. É uma bela obra. Foi um ótimo presente”, disse por mensagem o amigo, já em São Paulo.

Em 12 de fevereiro, nova mensagem, esta com o título Li e recomendo. “A Passagem das Espinharas, livro escrito a quatro mãos, que recebi de presente do amigo Valberto José, quando de uma visita que lhe fiz. Foi o melhor presente que ganhei durante as férias em solo paraibano”.

Ainda Jurandy: O livro, escrito em dueto por Vanderley de Brito e Erik Brito (pai e filho), é um romance histórico de grande valor. Vanderley, o pai, narra de forma encantadora, na primeira parte do livro, a saga dos Oliveira Ledo, nos meados do século XVII, durante a conquista territorial do Sertão paraibano.

Se já tinha vontade de ler o livro dos Brito, na primeira oportunidade que tive de ir ao centro da cidade, adquiri um exemplar. Como estava ocupado na Auto/i/grafia de Solha, adiei a leitura, mas já estou iniciando, tendo lido as orelhas e o prefácio de Ida Steinmuller. Presenteei o amigo, amigo recomenda e eu indico.