

Marcos Marinho
Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.
Dia do Jornalista. Eu e Vené!!!
Publicado em 8 de abril de 2024Na eleição de 2016, onde Romero derrotou Veneziano já no turno inicial, eu ainda tendo o notório cabeludo na conta de AMIGO sofri um abominável número de perseguições, algumas pessoais e outras profissionais – a maioria.
Tenho razoável orgulho de dizer que superei tudo, sem revide e sem agredir o candidato, aperfeiçoando a velha máxima de que o amanhã a Deus pertence…
Ontem, Dia do Jornalista, dei-me ao desfrute de selecionar alguns velhos documentos e encontrei algumas “pérolas” que a memória já não me fazia recordar, deparando-me com algumas das ações judiciais daquele movimentado pleito, patrocinadas pelo hoje Senador vice do Senado da República.
Ao longo da minha larga carreira profissional, aprendi eu mesmo a fazer as defesas dos processos que, aos montes, autuaram contra mim, pseudos e/ou falsos amigos.
Especificamente em relação a essa “pérola” que agora garimpei nas gavetas dos meus mofados artigos, Veneziano insurgia-se contra mim por conta de uma matéria n‘APALAVRA onde reproduzimos declarações de um irmão do saudoso Shaolin – Joverlaine.
Tratava-se tão somente, como eu argui na peça de defesa, do pensamento de um familiar também famoso de um humorista famoso que em passado recente fora tripudiado pelo à época prefeito Veneziano, conforme todos os arquivos de mídia registram, mesmo que para o candidato aborrecido e acusador, como narrado na sua peça exordial, “o tempo já o tenha mumificado”.
Avisei ao Douto Juízo que a notícia em comento não estimulara nenhuma divisão política, inclusive mostrei que a parte acusadora (Veneziano) não anexara aos autos sequer um print , o que se tivesse ocorrido seria tão somente o registro de um fato verdadeiro e inquestionável.
O magistrado foi exemplar, já no recebimento da peça acusatória, tolhendo sem tergiversar o pedido liminar de Veneziano para cerrar as portas d’APALAVRA.
E é aqui que entra a minha referência, lá em cima, ao Dia do Jornalista!
Equivocadamente – ou maldosamente, pois o peticionário é bacharel em Direito – Veneziano alegou na sua exordial que: – “O que se determina na lei é que a matéria tenha o ânimo de narrar fatos e não de fazer propaganda às avessas lançando o pensamento do irmão de uma celebridade que faleceu há poucos meses”.
Conclui a minha defesa reiterando que APALAVRA faz jornalismo e assim continuará no seu mister cotidiano, doa a quem doer.
Aproveitei para didaticamente auxiliar o juiz na sua tomada de juízo de valor, explicando comparativamente o que seja NOTÍCIA e o que seja PROPAGANDA.
E em homenagem ao Dia do Jornalista reproduzo, em presente aos novos e futuros confrades, as definições que, enfim, ajudaram Sua Excelência o Magistrado campinense, a arquivar o “inocente” pedido de Veneziano Vital do Rego naquele já longínguo 2016.
Ei-las:
NOTÍCIA é um formato de divulgação de um acontecimento por meios jornalísticos. É a matéria-prima do jornalismo, normalmente reconhecida como algum dado ou evento socialmente relevante que merece publicação numa mídia.
Fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser noticia se afetarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa.
Geralmente, a notícia tem conotação negativa, justamente por ser excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes, tragédias, guerras e golpes de estado.
Notícias têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não forem noticiadas previamente por nenhum veículo.
A “arte” do jornalismo é escolher os assuntos que mais interessam ao público e apresentá-los de modo atraente. Por isso, nem todo texto jornalístico é notícia, mas toda notícia é potencialmente objeto de apuração jornalística.
São quatro os fatores principais que influenciam na qualidade da notícia.
– Novidade: a notícia deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas;
– Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais interesse a notícia gera, porque implica mais diretamente na vida da pessoa;
– Tamanho: tanto o que for muito grande quanto o que for muito pequeno atrai a atenção do público;
– Relevância: notícia deve ser importante ou, pelo menos, significativa. Acontecimentos banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao público.
PROPAGANDA é um modo específico de apresentar informação sobre um produto, marca, empresa ou política que visa influenciar a atitude de uma audiência para uma causa, posição ou atuação.
Seu uso primário advém de contexto político, referindo-se geralmente aos esforços de persuasão patrocinados por governos e partidos políticos.
Uma manipulação semelhante de informações, é bem conhecida: a propaganda comercial, que normalmente não é chamada de propaganda, mas sim publicidade, embora no Brasil, seja utilizada como sinônimo.
Ao contrário da busca da imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente apresenta os fatos seletivamente impossibilitando a mentira por omissão para encorajar determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação apresentada.
O resultado desejado é uma mudança de atitude em relação ao assunto no público-alvo para promover uma agenda. A propaganda pode ser usada como uma forma de luta política.
Apesar do termo “propaganda” ter adquirido uma conotação negativa, por associação com os exemplos da sua utilização manipuladora, a propaganda em seu sentido original é neutra, e pode se referir a usos considerados geralmente benignos ou inócuos, como recomendações de saúde pública, campanhas a encorajar os cidadãos a participar de um censo ou eleição, ou mensagens a estimular as pessoas a denunciar crimes à polícia, entre outros.
Ah! E antes que eu me esqueça: Feliz Dia dos Jornalistas, queridos confrades paraibanos.