

Emir Gurjão
Pós graduado em Engenharia Nuclear; ex-professor da Universidade Federal de Campina Grande; Secretário de Ciências, Tecnologia e inovação de Campina Grande; ex-secretário adjunto da Representação do Governo da Paraíba, em Campina Grande; ex-conselheiro de Educação do Estado da Paraíba.
Desvios de Responsabilidade: O Caso dos Combustíveis – Lula x João X Bolsonaro
Publicado em 1 de fevereiro de 2025O presidente Lula atribuiu a elevação do ICMS sobre a gasolina à decisão dos estados, o governador João Azevedo, da Paraíba, negou qualquer aumento, mesmo com evidências significativas no estado. Essa aparente tentativa de desviar a responsabilidade merece uma análise crítica e objetiva dos fatos.
Promessas e Realidade
Na campanha presidencial, Lula garantiu que os preços dos combustíveis não teriam aumento de preço. Contudo, sob seu mandato, os preços não só aumentam, como há previsão de novos reajustes. Ao afirmar que o aumento do ICMS é uma decisão dos estados, o governo atual busca se eximir das consequências das políticas adotadas, deixando de lado a responsabilidade que, historicamente, recai sobre o presidente.
Contradições no Caso da Paraíba
No caso da Paraíba, onde o governador João Azevedo afirmou não ter promovido o aumento do ICMS. No entanto, os registros apontam que a alíquota foi, de fato, elevada durante o mesmo governo. Essa discrepância evidencia uma tentativa de ocultar a verdade e evitar o ônus político que acompanha decisões impopulares, mesmo quando os dados demonstram o contrário.
Comparativo com o Governo Anterior
Contraste na postura do governo atual ( Lula e João) com a do governo anterior ( Bolsonaro). Durante a administração de Bolsonaro, medidas concretas foram inovadoras para conter a alta dos combustíveis. Um exemplo foi a iniciativa liderada por Paulo Guedes, que resultou na assinatura de um decreto limitando o ICMS a 17% e zerando os impostos federais sobre os combustíveis. E ainda prevê a compensação dos estados para mitigar perdas na arrecadação, garantindo assim um equilíbrio que visava proteger o consumidor e o orçamento estadual.
É como se, em uma escola, o diretor atribuísse a culpa do desempenho ruim dos alunos exclusivamente aos professores, mesmo quando se sabe que, em períodos anteriores, programas de apoio implementados pelos professores tinham melhorado as notas. Essa analogia ilustra bem como a transferência de responsabilidades pode mascarar problemas reais e afastar o foco das verdadeiras soluções.
Opinião e Reflexão
A análise dos fatos demonstra que tanto o presidente Lula quanto o governador João Azevedo tentaram se eximir de assumir a responsabilidade pelo aumento dos combustíveis, mesmo diante de evidências claras de que suas gestões estão atreladas a esse cenário. Essa postura não só desrespeita a confiança do eleitor, como também dificulta o debate sobre políticas eficazes para conter a inflação e proteger o bolso do consumidor.
Ao se comparar as medidas proativas do governo anterior com a postura evasiva do atual, fica evidente a necessidade de transparência e comprometimento com a verdade. A população merece respostas diretas e ações que realmente promovam o bem-estar econômico, e não apenas narrativas que desviam a culpa de quem detém o poder.
Conclusão
O aumento dos preços dos combustíveis é um problema multifacetado, mas não pode ser explicado ou justificado por simples transferências de responsabilidade. Tanto a administração federal quanto os governos estaduais devem assumir suas respectivas partes na condução dessa política, sem recorrer a discursos contraditórios e promessas vazias. É fundamental que o debate público seja pautado na verdade dos fatos, permitindo que os cidadãos façam escolhas conscientes e exigentes quanto às políticas que impactam suas vidas.
Escrito por Emir Candeia Gurjão, as 06:38 horas do dia 01 de fevereiro de 2025, dia em que a alíquota do ICMS sobre os combustíveis passa de 17% para 20%, e faltando 19 dias para que eu complete 70 anos de idade.