Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
DEBATE DO SINTAB: O TIRO PODERÁ SAIR PELA CULATRA
Publicado em 19 de setembro de 2024O prefeito Bruno Cunha Lima jamais deveria ter participado do debate do SINTAB – Sindicato dos Trabalhadores Públicos e Municipais do Agreste da Borborema. Uma entidade ideologicamente criada sob a inspiração do velho comunismo, sepultado com a queda do Muro de Berlim, que resiste a duras penas ao tempo, num formato doutrinário analógico, superado pela era digital, evoluindo para a IA- Inteligência Artificial. Discursos, propostas, conceitos… Tudo superado pelo avanço das novas tecnologias, que desterraram a ilusória demagogia populista dos anos 60/70/80.
O debate não traria nada de proveitoso. Nenhum tema ou proposta seria abordado no encontro. Unidos como uma alcateia de lobos, vorazes e famintos, os demais candidatos cercaram Bruno e partiram para rasgá-lo em pedaços, na intenção de transformá-lo numa refeição, para atenuar a fome de suas campanhas desnutridas pela inanição de votos, vistos nas pesquisas de consumo como postulações anorexiais.
O Movimento Sindical sempre encarou o patrão (empregador) como inimigo número um. Quer seja no serviço público ou no setor privado. No setor privado, criminalizam o “lucro”. E, como pregava o velho comunismo, “lucro” vem do radical Grego “logro”, cujo sinônimo é roubo. O lucro para o sindicalismo é o suor roubado da classe operária. No serviço público, o “peleguismo” continua sendo o sabotador responsável pela baixa qualidade de seu desempenho. Desprezam a “meritocracia” e sobrevive a “camaradagem” dos desqualificados, porém militantes da causa. São patronos da burocracia e parturientes da corrupção.
Errou a assessoria de Bruno, concordando com sua presença neste debate. O que o prefeito teria para falar para uma “ninhada de gatos”, que mesmo “mamando” continuam “miando”? Governantes e patrões jamais serão um dia homenageados pelos movimentos sindicais radicais, semelhante ao SINTAB.
O meu amigo Artur Bolinha se perdeu ao defender subliminarmente que só pode chegar ao poder quem tiver origens na pobreza, miséria e frequentar o Mercado Público. Bruno não teve o direito de escolher a família que lhes traria ao mundo. Neste caso, seu castigo seria se resignar e aceitar o banimento do meio político?
Nascer numa família abastada é destino. Não existe pré-requisito de pobreza para adentrar no mundo político. Desde Cristiano Lauritzen até os dias de hoje, todos os prefeitos de Campina Grande têm sobrenomes de famílias nobres ou prósperas. Argemiro, Seu Cabral, Elpídio de Almeida, Newton Rique, Enivaldo Ribeiro, os Gaudêncios, Veneziano Vital do Rêgo, a própria Cozete Barbosa e os Cunha Lima, herdam representação política desde o Império: o Coronel Cunha Lima.
Jhonny Bezerra, orientado por um estranho e mau caráter, que desconhece completamente Campina Grande, fugiu do seu perfil e atacou Bruno cobrando dele respostas para casos de justiça ocorrido em sua família e em meio a seus correligionários. Falou até da “Maranata” (?). Quem tem telhado de vidro não joga pedra no vizinho. Bruno levantou o tom e prometeu revelar quem era Johnny, o que ele fez por onde passou. Talvez saiba de investigações que pairam sobre sua gestão à frente da Secretaria de Saúde. Orelhas murcharam.