Daniella Ribeiro se solidariza com prefeita do Conde por misoginia de Aluízio Régis e garante que vai puni-lo exemplarmente  

Publicado em 1 de abril de 2023

Acostumado a tripudiar sobre pessoas humildes ou desafetos há anos, sobretudo as do sexo feminino, agindo no pior estilo dos velhos coronéis da política do “não me toque”, inclusive se valendo do uso da força, como foi o notório caso em que deu uma surra de cipó de boi no meio da rua em conhecido homossexual, o ex-prefeito do Conde, Aluízio Régis, acaba de ser rebatido à altura e por quem tem autoridade suficiente para fazê-lo, a partir de agora, pensar duas vezes antes de cometer novos atos tresloucados.  

Líder da bancada feminina no Senado, a senadora Daniella Ribeiro repudiou com veemência hoje as renovadas críticas pessoais feitas por ele, desta vez em emissora de rádio da Capital, contra sua ex-nora que hoje é prefeita do Conde, Karla Pimentel.

Além do repúdio verbal, a senadora emitiu uma Nota em solidariedade a Karla pela violência política de gênero que sofreu do senil arremedo de “coronel”.

Para Daniella, o ex-prefeito sai do âmbito público e legítimo, que é avaliar o mandato dela enquanto prefeita, e parte para declarações sobre a vida pessoal de Karla, tecendo comentários misóginos e desrespeitosos sobre sua aparência e sua vida privada, em uma clara tentativa de desqualificá-la como gestora.

– “Como líder da Bancada Feminina no Senado Federal, senadora da República, mulher, venho a público repudiar veementemente as declarações dadas pelo ex-prefeito do município de Conde, Aluísio Regis, contra a atual prefeita Karla Pimentel, em entrevista concedida recentemente ao podcast Arena, exibido pelo Youtube, no dia 21 de março de 2023, e que só hoje tomei conhecimento”, diz a senadora em sua nota.

Ela repete: “é legítimo avaliar gestões públicas. Eu diria que é até necessário o papel da oposição por apontar problemas e lacunas nos mandatos de seus adversários. Desde que não se extrapole os limites, isso é salutar na política. Cobrar é aceitável; criticar também. O que é inconcebível, e totalmente condenável, é usar de artifícios rasteiros e desrespeitosos para atacar uma mulher que ocupa um cargo público. Isso tem nome: violência política de gênero” .

Daniella adverte que “o meu papel, o nosso papel enquanto parlamentar, líder da Bancada Feminina, como senadora que também já sofreu tentativas de intimidação por ser mulher, é lutar contra isso. Violência política de gênero é crime”.

E reforça que a lei 14.192/2021 foi aprovada em julho de 2021, e ela foi a relatora, por isso – justificou na nota – “não podemos retroceder. Não podemos admitir comportamentos e declarações misóginas como as que vimos no programa em questão”.

PUNIÇÃO EXEMPLAR 

E o que até aqui Aluízio Régis nunca imaginara enfrentar, aconteceu: Daniella vai entrar com medidas legais para puni-lo exemplarmente.

A senadora também se solidarizou com a senadora Soraya Thronicke, que na semana passada foi xingada enquanto participava ao vivo de um programa de rádio. As ofensas vieram de um ouvinte e a senadora procurou a Polícia Federal para prestar queixa.

– “Conclamamos, inclusive, os profissionais de imprensa para que não permitam a propagação da violência política contra a mulher, que intervenham, que interrompam falas misóginas e declarações repugnantes como as que vimos nas duas situações aqui citadas. Contamos com vocês nessa luta.”, pediu à imprensa.

E concluiu: “Por Karla, por Soraya, por tantas outras mulheres que são vítimas de violência política de gênero, não vamos admitir. Queremos a punição conforme prevê a lei. Queremos respeito. Vamos lutar por isso. Não tenham dúvidas.”

Fonte: Da Redação