Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
Daniella e Aguinaldo Ribeiro com as chaves do cofre do Tesouro Nacional: vão priorizar Campina Grande e a Paraíba?
Publicado em 12 de setembro de 2023Eis que surge o momento ímpar de Campina Grande e da Paraíba se abastecerem de recursos para alavancar seu desenvolvimento, consolidar-se como alvo principal dos grandes investidores nacionais e internacionais, num meteórico espaço de tempo (2023) com a “janela da oportunidade” aberta pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro e sua irmã, senadora Daniella Ribeiro. O primeiro, Relator da Reforma Tributária, que ainda volta à, para chancelar as alterações feitas pelo Senado Federal.
A senadora Daniella Ribeiro, presidente do OGU – Orçamento Geral da União – mais volumoso de todos os tempos, decidirá sobre onde serão aplicados os trilhões de reais, fruto da arrecadação de impostos prevista para 2024. Para compor o quadro de favoritismo, o vice-presidente do Senado é também um campinense: Veneziano Vital do Rego. O líder do Republicano, Hugo Mota, apesar de ser um sertanejo patoense, forma no grupo liderado pelo deputado estadual Adriano Galdino, presidente da ALPB, competente guardião da base governista, que dá sustentação a gestão João Azevedo.
Na corrida contra o tempo o “campinismo” e a Paraíba tem que se mobilizar, superando divergências oriundas do radicalismo partidário, curar sequelas e cicatrizar feridas abertas – ainda expostas – hematomas deixados pela batalha travada em 2022.
Entidades classistas como FIEP, Associação comercial; CDL; Fundação Parque Tecnológico; Universidades Públicas… devem se unir e convidar urgentemente sua classe política, representada através de dois senadores, cinco deputados federais; deputados estaduais; prefeito de Campina Grande; prefeito de João Pessoa; presidente da ALPB; FAMUP; governo do Estado; para conjuntamente apresentarem uma agenda de aporte de recursos, valores que viabilizarão projetos que dormitam nas empoeiradas prateleiras ministeriais por décadas, Ideias que viabilizam o futuro do Estado.
Agora ou nunca. Este momento a Paraíba já desfrutou há quase um século, quando Vargas assumiu a presidência da Junta Governativa da Revolução de 1930 e nomeou como Ministro das Comunicação Interior e Obras Públicas o saudoso José Américo de Almeida. A pequena Paraíba deu um salto de qualidade e se fez respeitada politicamente no cenário nacional. Mas, faltaram projetos técnicos, para transformá-la no oásis do Seminário nordestino.
MAIS PARAÍBA MENOS BRASÍLIA
Abdicar da vaidade pessoal e abraçar o altruísmo, é o único proveito que desfrutará o eleitor paraibano que votou em Daniella Ribeiro e Veneziano Vital do Rêgo nas eleições de 2018. Que lutem por Campina Grande, para relocar o Polo Metal Mecânico, destinado a Caruaru, imposição de Eduardo Campos, aceito ou ignorado por Ricardo Coutinho.
Recuperem o polo de fiação e tecelagem; concluam a transposição e tragam de volta para a Rainha da Borborema o Centro de Pesquisas da Embrapa. Instrumentalizem o Instituto do Seminário; carreiem recursos para reestruturar o Parque Tecnológico; invistam na Ciência e Engenharia da Computação e Elétrica da UFCG. Ações suficientes para Campina retomar seu espaço na ordem de grandeza, perdido nas últimas décadas.
A peleja de Daniella Ribeiro para assumir uma vaga no TCU terá um custo político com renúncia, ou concessões de verbas do OGU. Veneziano Vital do Rêgo, seu opositor, tenta emplacar Rodrigo Pacheco, para assumir a Presidência do Senado e comandar com poder de caneta sua eleição complementar, com direito a mais duas reeleições, a exemplo de Rodrigo Maia na Câmara dos Deputados. Olhem no para-brisas hoje, para não serem vistos no retrovisor do eleitor do amanhã.