Daniella acusa Veneziano de ter quase impedido empréstimo para João Pessoa e quiproquó entre os dois envergonha Senado Federal

A senadora Daniella Ribeiro (PSD) voltou ontem a acusar o senador conterrâneo Veneziano Vital do Rego (MDB) de ter “duas caras” e ser “hipócrita”, reatando dessa forma a sua já histórica cruzada de duros ataques ao colega, e isto dessa vez no sagrado plenário da Casa que os abriga, perante grande número de perplexos senadores que participavam de sessão ordinária presidida por….

Daniella acusou Veneziano de trabalhar contra a aprovação do empréstimo de R$ 260 milhões para a Prefeitura de João Pessoa junto à Agência Francesa. Relatora da matéria, aprovada pela Casa Legislativa, ela disse ter provas de que o colega agiu para impedir a tramitação e consequente aprovação do texto.

– “Eu quero dizer a João Pessoa que até agora, nesse momento que aqui trabalho para que essa aprovação aconteça, o colega senador Veneziano trabalhou contra para que esse projeto não pudesse ser aprovado. É feio, Veneziano, você é o mesmo dos debates. Muito pequeno isso. Aí depois faz um discurso incrivelmente hipócrita e eu quero dizer que já tenho fotos das trocas de mensagens”, disse a senadora.

– “Quero dizer à Paraíba como é pequena essa pessoa, que continua sendo desde vereador até senador da República. Envergonha a Paraíba. Quem me conhece no meu estado, e estou me dirigindo para João Pessoa, sabe que eu não consigo ser hipócrita nem jamais utilizar palavras que são pela frente carinhosas e por trás bem diferente da atuação”, concluiu.

Mostrando um semblante de surpresa, Veneziano ficou perplexo sentado ao lado do alagoano Rennan Calheiros, e minutos depois pediu a palavra para contraditar a agressora, classificando-a de “figura abjeta”. Negando tenha trabalhado em desfavor do pleito de João Pessoa, Veneziano acusou Daniella de, aí sim, ter-se posicionado contrária, dois meses atrás, a uma postulação idêntica de empréstimo para a prefeitura de Campina Grande.

“QUIPROQUÓ ANTIGO”

As rusgas entre Daniella e Veneziano remontam ao tempo em que ele era vereador em Campina Grande e se repetem com frequência ao longo do tempo, sem chances de trégua.

Uma das mais recentes aconteceu em João Pessoa, meses atrás, quando bela endureceu o discurso contra Veneziano Vital do Rêgo (MDB) pelo fato dele, em entrevista ao programa Frente a Frente, da TV Arapuan, ter insinuado que a progressista utiliza o congresso apenas para desfilar. Daniella repudiou a fala do emedebista e classificou-a como violência política de gênero.

Em nota de repúdio enviada à imprensa estadual, a senadora lamentou a violência política de gênero sofrida e afirmou que a atitude não a intimidaria, embora reconhecendo que atitudes daquele naipe dificultam a entrada das mulheres na política e em outras áreas majoritariamente masculinas.

Daniella Ribeiro propos diplomacia a Veneziano e alfinetou: “trabalhamos cada um a seu modo, sem jogar baixo”.

Na ocasião, a parlamentar considerou saudável a existência de críticas, mas avisou que não aceitará mais ataques pessoais. “Críticas ao trabalho realizado, à sua vida política, à sua trajetória na vida pública, podem e devem ser externadas – e isso é saudável na política e na democracia. O que não é aceito, e há lei para isso, são os ataques pessoais para tentar desqualificar o trabalho de uma mulher”, disse em sua nota.

CONGRESSO COMO PASSARELA

Na entrevista, Veneziano havia afirmado que Daniella tem “incontidos rasgos de outros sentimentos”, o que a levou a acreditar que a atitude do colega foi uma clara tentativa de desqualificar o seu trabalho, a sua história e o espaço conquistado com muito trabalho pela Paraíba.

Daniella Ribeiro ocupava a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO). Ela também é a Líder da Bancada Feminina e da Maioria no Congresso Nacional.

A NOTA DE REPÚDIO SOBRE O ATAQUE NA ARAPUAN

“A senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) vem a público rechaçar veementemente a violência política de gênero sofrida por ela no início desta semana, durante um programa de TV local, ocasião na qual o vice-presidente do Senado Federal, o senador Veneziano Vital do Rego, afirmou que a senadora usa os corredores do Senado como passarela para desfilar.

Daniella Ribeiro, atualmente, ocupa a presidência de uma das mais importantes comissões do Congresso Nacional, que é a Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Este ano, também foi escolhida como a Líder da Bancada Feminina e Líder da Maioria no Congresso Nacional. Foi eleita em 2018, assim como ele, senadora da República.

Luta pela defesa das mulheres

Entre suas bandeiras, está a luta pela defesa das mulheres em qualquer forma. Na entrevista, o senador afirmou ainda, em tom duvidoso, que Daniella tem “incontidos rasgos de outros sentimentos”, em uma clara tentativa de desqualificar o seu trabalho, a sua história e o espaço conquistado com muito trabalho pela Paraíba.

Diante do ocorrido, Daniella lamenta a violência política de gênero sofrida e afirma que essa atitude não a intimidará, mas reconhece que são atitudes como essas que dificultam a entrada das mulheres na política e em outras áreas majoritariamente masculina. Por fim, Daniella espera que, não apenas ela, mas que nenhuma outra mulher venha a sofrer tamanho violência.

Críticas devem se restringir à atuação política e à vida pública

Daniella reitera, também, que, críticas ao trabalho realizado por ela, à sua vida política, à sua trajetória na vida pública, podem e devem ser externadas – e isso é saudável na política e na democracia. O que não é aceito, e há lei para isso, são os ataques pessoais para tentar desqualificar o trabalho de uma mulher.

Lei da violência política de gênero

A Lei da violência política de gênero (Lei 14.192/2021) foi aprovada por unanimidade pelo Senado Federal. A lei estabelece regras para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher.

Assessoria de imprensa Daniella Ribeiro – PSD-PB
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Veja o discurso de ontem de Daniella, reproduzido pelo portal MAISPB:
https://www.instagram.com/p/C-rDsZxplh4/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=embed_video_watch_again

Fonte: Da Redação

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