Dalton Gadelha, na condição de fornecedor da PMCG, figura como maior doador da campanha de Pedro
Publicado em 13 de outubro de 2022Segundo pesquisa feita pelo jornalista Heleno Lima e já divulgada por alguns blogs de João Pessoa, dentre eles o de Dércio Alcântara, a campanha do candidato do PSDB ao Governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima, conta com um doador pessoa física que já disponibilizou R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais.
Conforme o sistema DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o nome por trás da generosa doação é Dalton Roberto Benevides Gadelha, sócio de empresa fornecedora da Prefeitura Municipal de Campina Grande.
A contribuição foi feita ainda no primeiro turno do pleito, em duas transferências: a primeira em 27 de setembro, no valor de R$ 250.000,00 (Duzentos e Cinquenta Mil reais), e a segunda em 30 de setembro, de R$ 150.000,00 (Cento e Cinquenta Mil reais).
A prática não é irregular, regulamentada pela Resolução 23.607 de 17 de Dezembro de 2019, do Tribunal Superior Eleitoral.
Mas, cabe questionar a prática mirando o inverso do caso: se a campanha do opositor de Pedro recebesse doações de fornecedores do Governo do Estado, o que diria o candidato beneficiado?
O tucano tem como mantra de seu projeto eleitoral probidade e decoro, ainda que sua família tenha sido protagonista dos maiores escândalos da política paraibana, desde os tiros em Burity, à cassação de seu pai, Cássio, do cargo de governador, até o afastamento de Arthur Cunha Lima do Tribunal de Contas do Estado, que teria se envolvido na corrupção investigada na operação Calvário.
Consultando o portal da Receita Federal do Brasil, Dalton figura como sócio administrador da empresa CESED – CENTRO DE ENSINO SUPERIOR E DESENVOLVIMENTO LTDA.
Em 2020, a CESED teve o valor de R$ R$ 271.654,35 empenhado e liquidado pela Prefeitura de Campina Grande, através do Fundo Municipal de Saúde, segundo informações do Portal da Transparência.
Já em 2022, a empresa teve o valor de R$ 1.368.128,82 (Um milhão, trezentos e sessenta e oito mil e cento e vinte e oito reais e oitenta e dois centavos), empenhado, liquidado e pago pela Prefeitura de Campina Grande, também através do Fundo Municipal de Saúde.
Consultando o portal da transparência da Prefeitura de Campina Grande não foi possível saber especificamente por quais serviços a empresa foi contratada e paga, nem que tipo de contratação foi realizada, assim, não se consegue verificar se o caso se enquadra no artigo 25, inciso III, da Resolução TSE 23.463/2015, que veda a doação de pessoas físicas permissionárias e concessionárias de serviços públicos, mas os pagamentos foram feitos para uma filial da empresa que tem o médico Dalton como sócio administrador da Matriz.
Fonte: Da Redação com blog do Dércio e portal Heleno Lima