Com o prefeito e o primeiro nome da linha sucessória em Brasília Campina acéfala comandada por Primeira Dama viu Coteminas anunciar fechamento de sua fábrica na cidade
Publicado em 7 de março de 2023A maior indústria de Campina Grande, implantada no primeiro Governo de José Maranhão em terreno doado pelo então deputado federal Aluízio Campos – Coteminas – com promessa de gerar dois mil empregos diretos, o que nunca se concretizou, anunciou o fechamento de aproximadamente 400 postos de trabalho, o que vai gerar grave crise no outrora promissor e hoje combalido setor de tecelagem do Município.
Não por acaso, a informação foi confirmada por Ana Paula Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Fiação e Tecelagem (SindText) de Campina Grande quando o prefeito Bruno Cunha Lima e uma boa parte dos vereadores da cidade peregrinavam por gabinetes executivos e parlamentares em Brasília em busca de verbas para recuperar os trilhos ferroviários que possam viabilizar os passeios do trem do forró até Galante durante os festejos d’O Maior São João do Mundo deste ano.
De acordo com Ana Paula, a empresa alega crise econômica como motivo para o encerramento das atividades, mas garante que vai ampliar o setor de fiação e remanejar alguns trabalhadores demitidos para outras unidades da empresa, em João Pessoa e Montes Claros, em Minas Gerais.
– “A unidade de Campina Grande vai ficar apenas com o setor de fiação, mas não serão todos os demitidos que serão remanejados para outras unidades. Eu não sei especificar quantos. Quem for, passará por um treinamento para atuar no ramo de fiação, para quando estiver implantado em Campina, estarem aptos a trabalhar”, explicou.
A presidente do SindText informou ainda que todos os ex-funcionários estão de aviso prévio, aguardando a convocação para as outras unidades.
CAMPINA NA MONARQUIA
A viagem do prefeito a Brasília, onde permaneceu por praticamente uma semana inteira, obviamente tratando de outras pautas, acabou por momentaneamente transformar o regime político-administrativo de Campina Grande em ‘monárquico familiar”, uma vez que tanto ele como o primeiro nome na linha sucessória municipal – o presidente da Câmara, Marinaldo Cardoso – se deslocaram para a Capital da República, deixando a administração acéfala, sendo gerida pela Primeira Dama, Juliana Figueiredo Cunha Lima, que inclusive presidiu reuniões com o que ficou do secretariado, passando ordens como se vice-prefeita em exercício fosse.
O assunto COTEMINAS ainda não despertou a atenção do prefeito campinense e na Câmara Municipal durante a sessão ordinária de hoje apenas o vereador Alexandre do Sindicato fez referência ao caso, assim mesmo ‘en passant’ avisando que iria procurar a bancada federal paraibana para provocá-la a tomar providencias.
A crise da Coteminas de Campina Grande acontece, também por infeliz coincidência, no momento em que o seu principal executivo, Magno Rossi, largou os seus compromissos laborais para dedicar-se à conspiração que buscava retirar o presidente da FIEP, Buega Gadelha, do posto maior de gestão da entidade máxima da indústria estadual.
Fonte: Da Redação