

Emir Gurjão
Pós graduado em Engenharia Nuclear; ex-professor da Universidade Federal de Campina Grande; Secretário de Ciências, Tecnologia e inovação de Campina Grande; ex-secretário adjunto da Representação do Governo da Paraíba, em Campina Grande; ex-conselheiro de Educação do Estado da Paraíba.
Com as mãos cheias de Injustiça em nome da justiça
Publicado em 15 de abril de 2025A frase de Carlos Fuentes — “com as mãos cheias de injustiça em nome da justiça e os olhos cegados, outra vez, pela loucura invocada em nome da razão” — parece feita sob medida para retratar o comportamento de uma parte da esquerda quando chega ao poder.
Muitos que ontem gritavam por liberdade, hoje defendem censura, impõem narrativas únicas e classificam qualquer opinião divergente como crime ou ameaça à democracia. Alegam defender os oprimidos, mas pisam com força total em quem ousa pensar diferente.
🔺 Se você discorda, é “fascista”.
🔺 Se questiona, é “negacionista”.
🔺 Se protesta, é “golpista”.
Não importa o conteúdo da sua fala, importa se ela obedece ao script ideológico dominante.
Esses setores negaram a tragédia da natureza humana, como diz Fuentes — a complexidade, o erro, o conflito — e tentam substituir tudo isso por um sistema de “verdades absolutas” com verniz de razão. Resultado?
Usam o discurso da justiça para justificar perseguições.
Invocam a razão para promover absurdos autoritários.
A crítica, a liberdade de expressão e o debate foram substituídos por uma máquina de rotulação, silenciamento e intimidação.
Quando a justiça vira desculpa para o abuso
Essa esquerda no poder não busca justiça, busca domínio. E como toda ideologia cega, confunde adversário com inimigo, crítica com crime, e liberdade com ameaça.
Estão, como alertou Fuentes, cegos pela própria loucura, mas acreditando estar mais lúcidos do que nunca.