

Marcos Marinho
Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.
Clílson bateu, mas a culpa menor é a dele
Publicado em 9 de fevereiro de 2025O jornalista Clílson Júnior, utilizando-se dos microfones bem pagos da rádio Arapuan FM de João Pessoa, e certamente por estar contrariado em algum interesse financeiro, já que alimentado regular e ricamente – como de resto acontece com a maioria da mídia pessoense – pelo generoso cofre da Prefeitura Municipal de Campina Grande e dadivosas cotas parlamentares da bancada campinense no Congresso Nacional, classificou a principal metrópole nordestina, nossa Capital do Trabalho, como assim definiu acertadamente o saudoso tribuno Raymundo Yàsbeck Asfóra, de lugar Fake News, cidade fantasma de gente fujona e medrosa que nada vale na geografia estadual.
Não me perguntem se estou surpreso!
O disparate irresponsável do confrade da Capital não será o último que verei no que me resta de vida.
Também não foi o primeiro, é bom lembrar.
Jornalista do tipo “nobre” de Clílson João Pessoa está repleta. Todos por lá seguem uma mesma cartilha do “toma lá dá cá”, sem o que não podem bancar seus luxos na rica orla deslumbrante do Cabo Branco e Tambaú e suas viagens internacionais pagas com o jabaculê aspirado do Açude Velho.
Campina Grande há anos sustenta essa turma. Entra governo e sai governo e a pancada do bombo é a mesma. Para jornalista pessoense tudo, para jornalista de Campina as sobras, o troco…
E é aí que sou forçado a entender que o irmão de Dércio Alcântara, outro ser extremamente privilegiado pela “nata” política de Campina Grande (prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais, senadores, ministros…), não tem um pingo de remorso do que expeliu.
Sabe que tudo vai continuar como dantes, no famoso quartel do Abrantes. Porque até determinados coleguinhas daqui tremem de medo de contestá-lo – a ele e a qualquer outro atrevido que vive a escorrachar nosso abençoado pedacinho de chão.
E é assim, de grito em grito quando a fatura atrasa, que os cofres dessa gente vai se entupindo dia-a-dia. A “fala” de agora de Clílson se insere no corporativismo clássico e eficiente existente nos arredores da API, nunca vai mudar, e a nós enquanto jornalistas – menos eu – resta o silêncio ou o aplauso da subserviência.
Espero que o Gabinete do Prefeito (BCL é citado na verborragia de Clílson) fale por Campina agora, dando-lhe um corretivo maiúsculo; que a Câmara Municipal diga a essa turma devoradora dos nossos bens o que é Campina e o que ela representa para o Brasil.
O “ranço” vem de longe…
Até o patrão de Clílson, o astuto João Mamão (João Gregório) que só é dono do Sistema Arapuan – e por isso não tem força para calar o atrevimento do confrade a quem dá a mão – por conta da “generosidade” de Cássio Cunha Lima quando governava Campina e a preço de ouro lhe comprou a área do antigo Forrock para ajudar a quitar o negócio das emissoras na Capital.
Mas, é importante e nunca demais registrar: Clílson apesar de tudo é a parte menos culpada nesse infeliz imbróglio.
——————-.
MORAL DA HISTÓRIA: Se não fosse essa Campina por ele vilipendiada, hoje Clílson não teria onde trabalhar.