Chuvas aumentam índice de infestação do Aedes aegypti em Campina Grande

Publicado em 12 de julho de 2023

Indice geral da cidade foi de 6,1%, que configura alto risco de proliferação das doenças provocadas pelo mosquito.

A Secretaria de Saúde de Campina Grande divulgou nesta quarta-feira, 12, o terceiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2023 no Município. O levantamento mostra que 6,1% das casas vistoriadas apresentaram focos do mosquito.

Dos 63 bairros e localidades, 51 apresentaram índice superior a 4,0%, que configura alto índice e representa grave risco de proliferação das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Os outros 12 apresentaram médio risco (alerta), entre 1,0% e 3,9%. Nenhum bairro teve resultado inferior a 1,0%, que seria considerado satisfatório.

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Os bairros com maiores índices foram Distrito Industrial, Palmeira Imperial, Presidente Médici e Santa Cruz, que apresentaram focos em 12% das residências. Os bairros Cruzeiro, Jardim Quarenta e Quarenta também registraram um número alto, com focos em 10% das casas. As menores ocorrências foram do Aluízio Campos, Catolé e Jardim Itararé, com registros em 1,2% dos imóveis.

Foram vistoriadas mais de 8 mil casas, entre os dias 3 e 7 de julho. De acordo com o gerente de Vigilância Ambiental, o biólogo especialista em gestão ambiental Hércules Lafite, as chuvas colaboraram no aumento de focos.

Chuvas aumentam índice de infestação do Aedes aegypti em Campina Grande

“O índice anterior era de 3,7, o que evidencia que o período de chuvas favoreceu o acúmulo de água e, consequentemente, o aumento do índice. Isso exige de todos, população e poder público, um esforço concentrado para o enfrentamento ao Aedes aegypti”, explicou.

Criadouros – No total, 72% dos focos foram localizados em depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico, como tonel, tambor, barril, depósitos de barro, cisternas, caixas d’água, captação de água em poço/cacimba/cisterna.

Outros 18% foram identificados em depósitos móveis, como vasos/frascos com água, pratos, garrafas retornáveis, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção.

O restante foi encontrado em depósitos fixos como piscinas, depósitos removíveis como pneus, resíduos sólidos como sucatas, depósito de água elevado como caixas d’água no telhado, e naturais como plantas.

Ações – Visando o combate ao mosquito e controle das arboviroses, as equipes de Vigilância Ambiental estão intensificando as ações nos bairros com maiores índices. O setor foi equipado esta semana com cinco novos carros para reforçar a operação fumacê e em maio foram adquiridas 25 motocicletas para facilitar o trabalho dos Agentes de Combate às Endemias.

Fonte: Codecom