
Caso Mariele Franco: ontem investigados já foram julgados e condenados sem direito a defesa
Publicado em 25 de março de 2024Um mandado de prisão preventiva, expedido por “ele”, o de sempre, Ministro Alexandre de Moraes – paciente de uma crise psicológica aguda de “narcisismo exacerbado” – levou a Rede Globo, através do seu programa “Fantástico” – revista eletrônica semanal da emissora – consumir mais de uma hora de sua caríssima grade de programação, e dedicar todo este precioso tempo, para construir um relato parcial, eivado de vícios, ilações, suposições que impõem uma condenação antecipada para os indiciados presos, a pedido da Polícia Federal. Eles sequer foram ainda interrogados.
Para nossa surpresa, aboliram até a expressão correta – exigência jurídica – respeitada pelo jornalismo: não citaram os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, como, investigados, suspeitos ou supostamente acusados, pela autoria intelectual do crime que ceifou a vida da vereadora Marielle Franco (RJ). Rapidamente, o Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski – um dos campeões em rasgar a Constituição – apressou-se em convocar uma entrevista coletiva, e encerrar o caso (?). Arbitrariamente, cerceou a defesa dos acusados. Aguarda-se a seriedade do STF, neste processo. Deve ser imediatamente anulado, e recomeçar do zero. O pronunciamento do Ministro da Justiça já os condenou. Ele interpretou o que pensa, e como agirá seus pares da Suprema Corte.
Prenderam mais uma vez um Deputado Federal, que tem “foro privilegiado”, como seu irmão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. A insegurança jurídica, e o atropelo a legislação, deixa a cidadania brasileira à mercê de um Poder Judiciário, agindo através de sua mais alta Corte de Justiça, intimidar todo o país ao se posicionarem acima da Lei. O partido União Brasil, numa demonstração de total covardia, expulsou um dos seus parlamentares eleito pelo povo. Acovardou-se e mostrou definitivamente não ser digno do voto do eleitor brasileiro. A expulsão só deveria ocorrer após o julgamento da condenação com trânsito em julgado. Estão sendo puxados pelo cabresto do STF. Se não têm “rabo preso”, explicitam a ausência de equilíbrio ou corporativismo. Por que, primeiramente não escutaram seu companheiro?
Os irmãos Brazão ainda serão interrogados. Na edição do próprio “Fantástico”, relataram pontos obscuros da investigação. Arma do crime e veículo usado, nunca foram encontrados. Os argumentos usados pelo STF, para anular condenações da Lava-Jato, enfatizando que a prisão preventiva leva a uma delação para o réu sair da cadeia – se foi um método – agora está sendo copiado pelo STF. A frustração política é que os supostos mandantes, estavam partidariamente no mesmo barco de Marielle.
O assassinato de Marielle Franco, tragédia sem justificativa ocorrida em 14/03/2018, foi uma ação de pistolagem. Ninguém foi preso em flagrante. Seis meses depois, o candidato Jair Messias Bolsonaro sofreu um atentado na cidade de Juiz de Fora (MG). O autor foi preso em flagrante. Três horas depois, a melhor banca de advogados de Belo Horizonte, chegou em voo fretado para defendê-lo. O STF acatou o pedido da OAB, para não divulgar quem pagou os advogados. Adélio Bispo foi transferido para uma prisão federal e considerado “insano”, irresponsável perante a lei. Um “Lobo Solitário”. Mas, nos registros da Câmara dos Deputados foi “plantado” um álibi: naquele dia, ele estava no Anexo IV, no gabinete de um deputado federal. Quem? Seu nome nunca foi revelado. Todavia, Jean Wyllys, sem justificativas, renunciou seu mandato. Desapareceu, e foi encontrado um ano depois na Espanha (?).
A PF é partidarizada? Nunca intimou o chefe do setor de protocolo da Câmara, para identificar onde estaria o segundo Adélio Bispo. Mas, quando se trata de interesse do PT, invade com autorização judicial qualquer gabinete. O atual presidente da Casa, Arthur Lira, deu um recado aos arroubos da PF, semana passada: Por que não estão nos morros combatendo, enfrentando e prendendo narcotraficantes? Seu lugar é também lá, e trocando tiros com a bandidagem. Nunca a elite PF irá correr este risco. Por outro lado, não rende cobertura e destaque de “heroísmo” da mídia televisiva militante.
Fonte: Da Redação (por Júnior Gurgel)