Campina Grande rememora os 70 anos da morte de Félix de Sousa Araújo

Publicado em 27 de julho de 2023

Nesta quinta-feira (27), Campina Grande e os campinenses rememoram os 70 ANOS da morte do ex-vereador e patrono da Câmara Municipal, Félix de Sousa Araújo.

O trucidado líder continua vivo na memória dos campinenses e se apresenta ainda hoje como modelo de verdadeiro político a ser seguido, por ter sido o arauto da BOA POLÍTICA. Foi ousado e corajoso ao denunciar os escândalos e a corrupção que submergia a gestão municipal da sua época, sendo covardemente assassinado por um “capataz” do então prefeito Plinio Lemos.

Além de vereador, Félix foi poeta, tribuno, ensaísta, crítico literário, radialista, escriturário, livreiro, jornalista, secretário de educação, conferencista, e o mais importante, defensor radical das causas e demandas do povo necessitado de Campina Grande. Deve ser ressaltado que ele foi morto com apenas 30 ANOS de idade, muito jovem ainda.

A sua intelectualidade refinada despontou na adolescência, aos 16 anos de idade, ao publicar densos e fundamentados artigos nos jornais impressos da sua época, evidenciando temas e assuntos do cotidiano municipal, estadual, nacional e internacional.

Foi Pracinha voluntário da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Grande Guerra Mundial, onde lutou nos campos da Itália contra o nazifascismo. Como correspondente de guerra fundou o jornal “Cruzeiro do Sul”. Na antiga Rádio Borborema, criou o programa radiofônico “A Voz dos Municípios”, principal canal de repercussão das ações administrativas e políticas das cidades paraibanas.

Félix foi também tribuno e orador brilhante. Encantava as massas. Nos comícios era sempre a autoridade mais esperada, por sua capacidade genial de domínio e reflexão da temática evidenciada.

Nas eleições municipais de 1951, foi o vereador mais votado de Campina Grande. Seu assassinato ocorreu exatamente no dia 13 de julho de 1953. Baleado, ainda passou 14 dias internado, vindo a falecer na Casa de Saúde Dr. Francisco Brasileiro..

Como legado, Félix deixou vasta obra literária e a necessidade de se fazer política com transparência, ética e compromisso, priorizando as aspirações dos que mais precisam.

FÉLIX DE SOUSA ARAÚJO era natural de Cabaceiras, no Cariri paraibano. Foi casado com Maria do Socorro Douettes, que era sertaneja da cidade de Sousa.

Deixou dois filhos: Tamar Celino (advogada, procuradora e escritora) e Félix Araújo Filho (ex-vereador, ex-presidente da Câmara Municipal, ex-prefeito de Campina Grande, poeta, escritor, engenheiro, professor, advogado criminalista e pai do atual titular da Seplan da PMCG, o advogado Félix Neto).

Fonte: Vanildo Silva (Jornalista e editor do BOA NOTÍCIA PB)