Valberto José

Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.

Campina Grande perde divisas para outros municípios

Publicado em 26 de maio de 2023

Até surgir no futebol profissional um time do interior surpreendendo e desbancando o trio formado por América, Atlético e Cruzeiro com a conquista do Certame Mineiro de 2005, eu nunca ouvira falar na palavra Ipatinga. Nos últimos meses, este topônimo tem aparecido mensalmente em meu e-mail timbrado em documento fiscal, deixando-me intrigado e com algumas interrogações.

A rotatividade da NF-e endereçada pela Prefeitura Municipal de Ipatinga ao meu endereço eletrônico tem sido constante desde que eu fiz um plano odontológico e dividi o pagamento em parcelas iguais. O tratamento já foi concluído, e o resultado me deixou plenamente satisfeito, pois executado com rara habilidade pela equipe, tendo à frente o Dr. Sílvio.

O destino do imposto cobrado é que me deixa insatisfeito e cheio de dúvidas. Pouco entendo de tributação fiscal, mesmo tendo passado bastante tempo gerenciando uma empresa familiar, aberta em nome da mulher. Seguíamos a orientação do escritório contábil que nos assessorava e nunca tivemos problemas.

O que eu não entendo e não me conformo é fazer um tratamento em Campina Grande, e o Imposto Sobre Serviços não ser destinado à prefeitura local. Ao contrário, a Prefeitura Municipal de Ipatinga é que leva o valor arrecadado.

Imagino que tem algo errado e alguma regra está sendo burlada. Acho que, mesmo irrisório, esse valor teria que ficar no município onde o serviço foi prestado. Na máxima de que somos nós que pagamos o imposto, fiz o tratamento na minha cidade, não me desloquei para outro Estado, e gostaria que o tributo, mesmo pequeno, nos beneficiasse.

Então, fica o alerta para o setor de arrecadação fiscal – e de fiscalização – da Prefeitura de Campina Grande, que já perde uma soma gritante com as regras atuais do ICMS no Estado. Se o plano pode estar cometendo esse desvio, é de se imaginar que outros possam estar agindo da mesma forma. E a nossa cidade, consequentemente, perdendo divisas.

 SAUDADE COLORIDA 

Ao ler a matéria sobre a suspensão de uma linha de ônibus na Catingueira, no MaisPB, uma foto antiga me deixou saudade. A imagem de um ônibus da Cruzeiro é do tempo em que cada empresa tinha seu padrão de pintura, antes da sistematização delas em consórcio e a consequente unificação das cores. Além de facilitar a identificação da linha servida, a diversidade de cores deixava a cidade mais colorida.