Bruno contrata empresa por mais de R$ 1 milhão para refazer projeto de hospital “fantasma” que Romero inaugurou em 2020

Publicado em 18 de novembro de 2022

Como justificativa para terceirizar a festa d’O Maior São João do Mundo, o que foi feito em sua gestão, o então prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSC), informou que haveria uma expressiva economia para os cofres públicos e que o dinheiro dessa sobra seria aplicado na construção de um moderno hospital – para crianças e adolescentes.

A cidade, obviamente, aplaudiu a iniciativa e viu a obra sair do papel. O custo estimado na época, em torno de R$ 5 milhões, sairia integralmente dos recursos próprios do Município, que deixaria de gastar com fogueiras, bandeirolas, cantores e girândolas no megaevento da metade do ano.

O tempo conspirou contra Romero e não houve como ele concluir a obra na sua totalidade. Mas ainda assim no último dia do seu mandato (31.12.2020), em solenidade marcada pela emoção, ele entregou a primeira etapa do ‘Hospital da Criança e do Adolescente de Campina Grande Dr. Severino Bezerra de Carvalho’, localizado na avenida Floriano Peixoto, no bairro Dinamérica, tendo ao seu lado o prefeito já diplomado que viria a lhe suceder, Bruno Cunha Lima (PSD).

Romero inaugura a primeira etapa Hospital da Criança e do Adolescente de Campina  Grande e recebe homenagens – Turismo em foco – Tudo do turismo no Brasil e  Mundo

Romero discursou exaltando os números do empreendimento: área construída de 7.148 metros quadrados, representando um investimento de mais de R$ 10 milhões, incluindo os equipamentos, estimados em quase R$ 4 milhões, recursos – segundo garantiu – já à disposição do Município, no Fundo Municipal de Saúde, acreditando ele que não haveria nenhum problema para que o sucessor finalizasse rapidamente a construção.

Conforme revelou Romero no discurso, além de amplo espaço o novo hospital foi construído de acordo com modernos parâmetros de engenheira e de arquitetura, além de ser 100% ecológico.

Hospital da Criança e Adolescente de Campina Grande contará com 136 leitos  e dez de UTI - ClickPB

E deu exemplos: que o novo hospital contaria com o reuso de até 92% da água consumida; que a utilização de placas de energia solar, tudo dentro de padrões de modernidade e de economicidade, representaria um avanço gigantesco na planilha de custos, etc.

O projeto também previa amplo estacionamento e a sua estrutura poderia vir a ser, no futuro, verticalmente ampliada com a implantação de mais três ou quatro andares. O hospital contaria com 136 leitos, sendo dez na UTI (com dois de isolamento), quatro salas de cirurgia, duas salas de Raios X, duas salas de eletro, uma sala de ultrassonografia e um laboratório.

Todo o prédio teria 100% de condições de acessibilidade para todos os tipos de pessoas com deficiência, inclusive autistas.

MAIS R$ 25 MILHÕES 

Passados praticamente dois anos governando Campina Grande, somente agora o prefeito Bruno Cunha Lima, mesmo depois de ter sido fortemente criticado pela TV Globo em rede nacional por conta da paralisação do não funcionamento do hospital, dado na matéria como FANTASMA, decidiu tomar providencias e já avisou que precisa de recursos na ordem de R$ 25 milhões, ou duas vezes e meia o orçamento apresentado por Romero.

Como primeiro passo, Bruno acaba de contratar a empresa ‘EMED Projetos e Gerenciamento de Obras Ltda.’ pelo valor de R$ 1.012.500,00 para que ela faça um trabalho de estudo e projeto para modernização do hospital que nunca funcionou.

 A EMED é um escritório sediado no Sul do País com 30 anos de atuação e mais de 400 projetos concluídos, especializado na elaboração de projetos para clínicas, laboratórios e hospitais dos mais diferentes portes, além de gerenciamento de obras atuando em parceria com grandes empresas e profissionais, tendo se destacado pelo seu total envolvimento nos projetos, pela prestação de serviços da mais alta qualidade e por um design inovador.

O contrato foi feito com dispensa de licitação e o prazo para conclusão do trabalho é de seis meses (180 dias), o que importa em dizer que somente a partir da segunda metade do próximo ano é que efetivamente alguma nova pá de terra seja levada à obra para que, algum dia em um futuro ainda incerto, ela possa vir a efetivamente existir e funcionar como hospital público, a serviço da paciente população campinense.

Fonte: Da Redação