Brasil e Japão: encontro empresarial busca fortalecer trocas e construir acordo

Publicado em 4 de maio de 2024

Organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em conjunto com Japan External Trade Organization (JETRO), Federação das Empresas do Japão (Keidanren), ApexBrasil e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o Fórum Econômico Brasil-Japão reúne autoridades governamentais e empresariais de ambos os países neste sábado (04) para discutir o fortalecimento da parceria comercial.

Hoje os números são consideráveis, mas há potencial para crescimento:

  • Em 2023, o Japão foi o 9° parceiro comercial do Brasil. Naquele ano, a corrente de comércio entre os dois países alcançou US$ 11,7 bilhões.
  • Foram US$ 6,6 bilhões em exportações brasileiras para o Japão no ano passado, sendo 46% da indústria de transformação e US$ 5,1 bilhões em importações, com quase 100% também da indústria de transformação.
  • O Japão foi o 7º investidor direto do Brasil em 2023.
  • Na indústria brasileira, os setores automotivo, equipamentos industriais, aparelhos médicos e de borracha foram os que mais receberam anúncios de investimentos do Japão no Brasil entre 2019 e 2023, com destaque para as empresas japonesas Toyota Motor, Hitachi, Nipro, Bridgestone e Komatsu.
  • Na economia japonesa, os setores de químicos e de serviços empresariais foram os com mais investimentos brasileiros, com destaque para a Novonor e a Pinheiro Neto Advogados.

Os dados são elaborados pela CNI com base em estatísticas do Banco Mundial, ComexStat, Banco Central, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e FDI Markets.

Acordo entre Mercosul e Japão

Um dos temas prioritários no fórum é a retomada da negociação do Acordo de Parceria Econômica entre o Mercosul, bloco do qual o Brasil faz parte, e o país asiático. O tratado é considerado fundamental para o incremento comercial entre os dois países e para a diversificação da pauta exportadora brasileira.

A intenção é que o acordo contenha estímulos como regras aduaneiras para aumentar a celeridade do comércio, abertura do mercado de compras governamentais, aumento dos investimentos bilaterais e do comércio bilateral de serviços e estímulo à cooperação e ao intercâmbio de tecnologia entre Brasil e Japão.

O Japão é a quarta maior economia do mundo, fonte de significativos Investimentos Estrangeiros Direitos (IEDs) em diferentes regiões do mundo e um parceiro comercial e de investimentos relevante para o Brasil.

O Mercosul, por sua vez, é umas das maiores economias em desenvolvimento, composto por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e mais recentemente, Bolívia, além de um potencial significativo de mercado para o Japão.

Desde 2015, os setores empresariais de ambos os países têm trabalhado em conjunto em prol do acordo de parceria comercial. Em 2018, a CNI lançou um roadmap com sugestões de pontos que deveriam ser abrangidos pelo documento.

Fonte: Assessoria