Blogueiro a serviço de Eduardo Carlos contra Buega revela propina a jornalistas: “Gutenberg Cardoso e Fabiano Gomes num tosse e nem dá um peido sem dinheiro não”
Publicado em 13 de fevereiro de 2023O atual e desgastante processo eleitoral da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), que de modo inusitado conta pela minoria da oposição com um “coordenador” (Eduardo Carlos) que sequer integra o colegiado eleitoral da entidade, composto por 26 dirigentes de sindicatos patronais da indústria estadual, revelou um miúdo personagem que, ao longo dos últimos seis meses, emprestou-se a dar voz nos noticiosos do Sistema Paraíba de Comunicação (TV’s Paraíba e Cabo Branco, Jornal da Paraíba, Rádios Cabo Branco e CBN’s de João Pessoa e Campina Grande) ao calunioso movimento contra a reeleição do presidente Buega Gadelha.
De físico franzino, sempre portando-se com trajes formais por conta das exigências do padrão globo de imagem, o blogueiro e colunista João Paulo Medeiros sai do processo como uma figura relevante, do ponto de vista de ter cumprido a contento a missão que lhe foi delegada pelo obtuso patrão, embora que do ponto de vista de afirmação profissional tenha se arranhado bastante.
João Paulo mantem um blog na plataforma do Jornal da Paraíba (Pleno Poder) e se auto define como “jornalista, curioso do Direito, sertanejo e aspirante da ideia de estar a serviço de um mundo mais justo e menos desigual”, algo que a prática do seu dia-a-dia acaba desmentindo.
À margem das eventuais críticas de apoiadores da chapa de Buega, que nele enxergam tão somente a personificação de um mero fantoche do herdeiro do Grupo São Braz, a partir de uma “escorregada” dele A PALAVRA acaba de descobrir que além de redigir textos e comentar o tema nas telas das televisões do Sistema Paraíba, cumprindo a meta de trabalho que lhe foi estabelecida pela chefia do grupo onde tem carteira assinada, o jornalista revela-se muito mais do que isso.
Um áudio em poder d’APALAVRA, em que João Paulo conversa com interlocutor que supostamente lhe requer intermediação financeira para provável publicação de matérias ofensivas ao presidente da FIEP, traz a lume a certeza de que o movimento paredista contra a reeleição de Buega Gadelha não se ampara apenas na lustrada calvície do filho do saudoso José Carlos da Silva Júnior, mas principalmente na gorda conta bancária dele e dos demais opositores que desejam tomar à força a direção da entidade máxima da indústria paraibana.
Fica nítido no áudio que boa parte da imprensa estadual foi cooptada financeiramente para atacar Buega no desmonte à sua candidatura à reeleição.
Bastante didático na explicação que dá ao interlocutor, para mostrar amplo domínio de conhecimento sobre os bastidores do singular processo eleitoral da FIEP, assim se explica o jornalista:
– “O problema é que para eleger o presidente você tem 26 sindicatos certos, entendeu? E alguns desses sindicatos, tipo assim ‘sindicato do vidro’, ‘sindicato da máquina de escrever’, um exemplo, entendeu? Que não representa porra nenhuma na indústria”.
E segue a aula: “Assim, a grande questão é essa que dentro dos sindicatos vocês (dá a entender que o interlocutor estaria ligado a Buega) ainda é (sic!!) forte sabe? Vou ser sincero contigo: pelo que eu sei, pelo que eu sei, não tem entendeu (supostamente referindo-se à provável falta de dinheiro na campanha de Buega para subsidiar jornalistas), inclusive Marcos publicou, Batista, todo mundo, Lenildo, agora eles publicaram eu acho com perspectivas de poder”.
João Paulo dá uma pausa rápida na fala e fulmina, de modo vil, dois gigantes da imprensa de João Pessoa, dando assim a entender que ambos estariam bastante fartos com a “generosidade” dos cofres da oposição que Eduardo Carlos e sua troupe faz a Buega: Fabiano Gomes e Gutenberg Cardoso.
– “Agora, Gutemberg Cardoso e Fabiano Gomes em João Pessoa, aí eu já num sei, tu sabe que aqueles caba num tosse, num solta um peido sem dinheiro não, né? Tu sabe que eu num posso me envolver, inclusive porque… (dá um suspiro!), por tudo!.”
O áudio ainda reserva outra declaração surpreendentemente curiosa de João Paulo que põe em maus lençóis ninguém mais ninguém menos que o atual vice-presidente da FIEP, industrial Magno Rossi, o poderoso executivo do Grupo Coteminas.
– “Magno Rossi, tu acha que Magno Rossi entrou num negócio desse tudo de graça? Os caras estão muito articulados, pô! Por que que os caras estão nesse negócio?”, pergunta e responde imediatamente: “Porque são as causas dos industriais! Os cabas querem pagar menos imposto, mais incentivo dos governos, num sei que lá… Mas vou deixar de lado né? Tem uma história aí do ICMS de transporte, algo assim, de deslocamento que as empresas da Paraíba não pagavam antes, agora passaram a pagar… Disse que teve indústria (seriam a São Braz e a Coteminas) aí que foi multada em 50 milhões, 30 milhões e os cabas tão doidos lá com as multas e você que é empresário sabe que quando os caba começa a perder dinheiro os caba se aperreia, né?”.
À margem o tumultuado processo eleitoral da FIEP, resta à valorosa categoria dos jornalistas paraibanos refletir sobre o momento. E mais: extinguir pelo menos a cumplicidade vergonhosa – como esta ora flagrada – com suas fontes e ter mais comprometimento com a causa pública, a quem o bom jornalismo deve fidelidade e a satisfação de verdadeiramente bem servir.
Fonte: Da Redação