Atrasada e medrosa nota da ACI sobre Pedro acaba endossando calúnias do deputado a jornalistas
Publicado em 15 de agosto de 2022Jornalista Edson Pereira, presidente da ACI e principal subscritor da nota
Com lamentável atraso a diretoria da Associação Campinense de Imprensa (ACI), justificando-se pelo fato de ter sido “provocada por alguns de seus associados”, o que demonstra oficialmente a indisposição para tratar do episódio, viu-se obrigada a emitir nota neste domingo para se posicionar sobre as desrespeitosas declarações do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) durante evento promovido em Cabedelo pelo Sistema Paraíba de Comunicação, onde tripudiou de modo generalizado em relação ao comportamento da mídia paraibana, que ao seu modo de ver estaria comprada para beneficiar determinado candidato ao Governo do Estado.
A nota na prática, embora peça ao parlamentar para que faça um pedido público de desculpas aos jornalistas, embrulha-se no Português deixando a nítida impressão de que a entidade não reprova no todo o que disse Pedro e faz ainda mais – censura a própria categoria.
“Fazemos com zelo o nosso mister, mas infelizmente alguns de nós derrapam na função e colocam suas canetas a serviços de um ou de outro”, diz a nota endossando as afirmações caluniosas do deputado federal.
Sobre o atraso para se manifestar (a fala de Pedro foi no dia 11 e somente no dia 14 a ACI emitiu seu documento), a diretoria da associação atribui ao fato de ter optado por deixar passar o “impacto inicial” e os “primeiros momentos de desconforto”, tese que pode ser entendida como uma verdadeira covardia, ou simplesmente medo de contrariar o jovem político conterrâneo.
Como conforto aos confrades, numa espécie de ‘morde e assopra’ a direção da ACI diz que se coloca contrária às afirmações do político ‘APESAR’ de entender que a revolta dos jornalistas “é absolutamente compreensível”.
E reforça ser primordial e importante “a retratação dele” (Pedro Cunha Lima), não sem antes reafirmar que é ainda mais importante “o comportamento nosso para com o jogo político”, num mea-culpa submissamente vergonhoso.
Fonte: Da Redação