Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
ASFORA NETO REMODELA A IMAGEM DE BRUNO
Publicado em 9 de maio de 2024Em apenas três anos e meio o prefeito Bruno Cunha Lima vem superando, aos poucos, todas as “marcas” ou conquistas deixadas pela longa gestão de oito anos ininterruptos do ex-prefeito Romero Rodrigues. Tempo curto, rito acelerado, Bruno está mantendo e ampliando o “padrão de qualidade” concebido como “método Cunha Lima”: interagir com o sentimento do cidadão campinense, valorizando sua vaidade e orgulho de residir numa cidade sem favelas, com ruas limpas, iluminadas e conservadas.
Bruno tem caprichado no propósito de tornar ainda mais belo e atrativo o principal cartão postal da Paraíba – Campina Grande – ao recuperar o Parque Evaldo Cruz. Nos idos dos anos setenta e oitenta, aos sábados, domingos, e mesmo ao anoitecer do quotidiano, a cidade tinha um logradouro público, espaço destinado ao lazer, relaxamento e paz, frequentado por toda população. Parques infantis, anfiteatro, uma belíssima fonte luminosa, sincronizando a dança das águas. Em todo o Nordeste, e talvez no Brasil, não existia algo semelhante ao Parque Evaldo Cruz, inaugurado em 1976.
Estávamos exercendo as funções de superintendente do Jornal da Paraíba e Arlindo Almeida, diretor do São Braz – respondendo pela presidência – José Carlos tinha sido eleito vice-governador e oficialmente se afastado da empresa – hierarquicamente era nosso superior. José Carlos era o maior acionista do Jornal da Paraíba. Já existia o grande São João de Campina Grande. Arlindo Almeida teve a ideia, e nos convenceu criar o evento “Primavera na Serra”. Iniciado todos os anos no dia 22 de setembro, usando o Parque Evaldo Cruz como estrutura. Apresentações de corais, peças no Anfiteatro, um conjunto de ações para popularizar a cultura clássica. Acrescente-se que no Parque Evaldo Cruz estava o Museu de Artes Assis Chateaubriand.
Todo este projeto foi abandonado pelas gestões de Ronaldo/Cássio. Desprezaram o Parque Evaldo Cruz, que no centro da cidade se transformou numa área erma, escura, insegura e núcleo de consumo e venda de drogas. “Bocas de fumo”, exploradas a céu aberto pelo narcotráfico, desafiando a segurança. Oito anos de Romero Rodrigues, nada fez pelo Parque Evaldo Cruz, e nem criou uma nova área de lazer. Investiu no antigo Hospital João Ribeiro, desconectado com a cidade, restrito ao bairro.
Cássio Cunha Lima investiu milhões do dinheiro da venda da CELB no Parque da Criança, desprezando o Evaldo Cruz. Veneziano Vital do Rêgo transformou a Av. Juscelino Kubistchek, no bairro do Cruzeiro, num centro de convivência. E Romero? Quando esteve como aliado de Ricardo Coutinho, o governo do Estado começou a urbanizar o Açude de Bodocongó. Mas, ao romperem, as obras paralisaram. Gustavo Ribeiro, secretário de Romero Rodrigues – esquecendo que foi ele quem derrotou sua prima Daniela – prometeu transformar a Av. Dinamérica no maior centro de atração da cidade. Passaram-se oito anos e nada foi feito. O discurso de Gustavo era a parceria com a iniciativa privada, que não comprou sua ideia. Durante oito anos, defendeu apenas sua permanência (salário e privilégios) no primeiro escalão do governo municipal.
Existe em Campina Grande uma “Confraria”, que se une em defesa de suas vísceras. Uma gente “mau caráter”, que desconstroe legítimos interesses da cidade para alimentar as “lombrigas” intestinais de seu oportunismo. O mais grave, é que estão sempre no entorno do poder, que se deixa seduzir por estes picaretas que têm emperrado o crescimento da cidade. São desagregadores, trabalham para desarticular as inteligências brilhantes da cidade, figuras altruístas, que se disponibilizam e se dedicam com seu tempo e ideias, para que Campina continue crescendo.
Não conhecemos o prefeito Bruno Cunha Lima. Participamos de dois Podcast, com o companheiro Marcos Marinho, ocasião que foi nos apresentado o Secretário de Educação, Asfora Neto. Político nato – herança genética – neto de Raimundo Asfora e Zélia Gaudêncio.
Ao assumir a presidência do União Brasil, destravou o diálogo político do prefeito com as bases. Bruno começou a andar e criar conexão direta com o povo, sem a intermediação da “picaretagem política”. É visto nas praças, ruas da cidade, conversando e ouvindo o povo, como um cidadão comum. Romero, quando prefeito, pagava-se pedágio para cumprimentá-lo. Hoje pregam sua invencibilidade. Algo bem semelhante à trajetória de Cássio Cunha Lima em 2014 e 2018, quando perdeu até para o padre caduco Luíz Couto. Asfora Neto, se não for boicotado pela “pilantragem” que sabota Bruno, irá levar Romero a amargar a maior derrota de sua vida, e inviabilizar seu retorno à Câmara dos Deputados.