Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

AS SEMELHANÇAS HISTÓRICAS DO MISTERIOSO ATENTADO CONTRA DONALD TRUMP (PARTE II)

Publicado em 25 de julho de 2024

A ousadia dos conjurados que levaram a cabo a intenção de assassinar o presidente John Kennedy, na cidade de Dallas, Estado do Texas (22/11/1963), ignorou até a gravidade legal que estavam submetendo a existência do país. Na sua secular Constituição, matar um presidente através de conspiração com apoio do Estado, dissolve o pacto da União. Se nas investigações surgissem nomes de membros integrantes do governo, do FBI, CIA, Pentágono… Ruiria os Estados Unidos da América. Cada Estado poderia declarar sua independência e se tornar um país. Até hoje ainda existem 17 mil documentos sobre o assassinato, em sigilo, resguardado sob a Lei de Segurança Nacional(?). Uma demonstração clara que houve a conspiração. Joe Biden em 2021 liberou 13 mil documentos. E prometeu para 2027 outra remessa.

John Kennedy foi eleito em 06/11/1960, numa das eleições mais disputadas nos Estados Unidos. Mais de 72 milhões de eleitores foram às urnas e sua vitória sobre Richard Nixon – então vice-presidente de Dwight Eisenhower – foi apenas de 117 mil votos, algo em torno de 0,3%. Nixon ligou minutos após a divulgação do resultado, sem contestar absolutamente nada. Mesmo sabendo que a Máfia e a CIA estavam apoiando Kennedy, e houve diversas denúncias de manipulação de votos, que cabia recontagem.

No dia 19/01/1961, ao se despedir de seu mandato, o presidente Eisenhower fez um pronunciamento em rede nacional de TV aconselhando o seu sucessor, Kennedy, a ser empossado dia seguinte e acabar com o Complexo Industrial Militar, que poderia levar o país a uma terceira guerra, e era o principal fomentador de crises internacionais, como a guerra fria, a esquecida guerra da Coreia, e consultores militares no Vietnã.

A primeira crise de Kennedy com o Complexo Industrial Militar foi a malfadada invasão de Cuba, através da Baia dos Porcos. Era uma operação clandestina da CIA, com apoio da Máfia, que queria recuperar seus cassinos. Enganaram Kennedy. Não havia manifestações em Cuba para depor Fidel. A intenção erar provocar o atrito, e levar as tropas norte-americanas sair em seu socorro, invadindo a Ilha. Ao invés de enviar tropas, Kennedy demitiu o comandante do Exército, foi a TV e pediu desculpas ao país. Confessou que sabia do plano, mas como havia prometido, não derramaria mais o sangue da família americana em conflitos que não ameaçassem a segurança dos “States”.

Veio a crise dos mísseis. O mundo nunca esteve tão próximo a uma guerra nuclear. Os russos recuaram, em troca da retirada dos mísseis de médio alcance instalados na Itália e na Turquia.

Ao invés de guerra, Kennedy convidou Nikita Kruschev para visitar os Estados Unidos e assinou o primeiro termo de contenção de amas nucleares. Para acabar com toda a instabilidade, demitiu Allen Dulles, fundador e diretor da CIA. Tirou os poderes de J. Edgard Hoover, que ficou sendo subordinado ao seu irmão Robert (Bob) Kennedy, Secretario de Justiça. Nestes dois atos, assinou também sua sentença de morte.

Donald Trump, quando esteve presidente, estabeleceu negociações com Putin. Começou a cortar gastos exorbitantes da OTAN, abastecida pelo Complexo Industrial Militar. Retirou tropas norte-americanas do conflito com a Síria. Negociou com o Talibã convivência pacífica no Afeganistão. Teve a humildade de procurar o ditador da Coreia do Norte Kim Jong-Um, e se encontraram três vezes. A primeira na zona desmilitarizada entre as duas Coreias, a segunda no Vietnã e a terceira em Singapura. Houve um longo período de distensão entre os dois países, trazendo tranquilidade para Coreia do Sul e Japão. Joe Biden perdeu o Afeganistão, com uma retirada humilhante de suas tropas. Mantem uma guerra entre russos e ucranianos, rasgou os bloqueios econômicos contra o Irã, que persiste em produzir armas de exterminio em massa, bombas atômicas. Na gestão Trump, não morreu um único solado americano combatendo em outros países. Desativou dezenas de bases militares em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos. Como a imprensa é paga pelos “Falcões da Guerra”, insistem que ele irá acabar com a democracia. Como? Democracia é diálogo, celebração de acordos militares e comerciais, equilíbrio entre as nações, na busca pela paz e prosperidade mundial.