Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
AS SEMELHANÇAS HISTÓRICAS DO MISTERIOSO ATENTADO CONTRA DONALD TRUMP – PARTE (I)
Publicado em 24 de julho de 2024Robert Kennedy, Robert Kennedy Júnior e Donald Trump
Toda conspiração tem seu plano “A” – objetivo alcançado – e plano “B”, quando ocorrem falhas. Em ambos, a tarefa é apagar rastros e queimar arquivos. Nos Estados Unidos, na pior década de sua história (1960/1970), uma grande conspiração assassinou o presidente John Kennedy, Martin Luther King, Robert Kennedy e Malcolm X. Mais de mil testemunhas desapareceram, morreram repentinamente, em acidentes de trânsito ou vítima de pistolagem, inserida na “narrativa” da violência banalizada, provocada pela Lei dos Direitos Civis. Em todos os episódios, o sicário foi sempre um “Lobo Solitário”.
O atentado para matar Donald Trump (13/07/2024) na cidade Butler, Estado da Pensilvânia, ao falhar o plano “A”, o “B” entrou imediatamente em ação, abatendo em questões de segundos o “Lobo Solitário” (?). A rapidez dos exterminadores foi erro “crasso” da operação. O presidente da Câmara dos Representantes instalou uma comissão de inquérito para investigar o caso. O depoimento da Chefe do Serviço Secreto foi um desastre. Suscitou dúvidas, que sugerem existência de mandantes e provável colaboração da segurança. Reconheceu que foi a maior falha de todos os tempos do Serviço Secreto, pediu desculpas à Nação, e ontem pulou fora: pediu demissão.
Hoje, será a vez do Chefe do FBI depor. Ele vinha jogando a culpa na Polícia local e no Serviço Secreto. A população com Smartphone na mão gravou vídeos, mostrando policiais entrando no galpão – antes e depois – do suposto autor dos disparos que atingiu Trump, ser eliminado. A grande mídia norte-americana está adotando a mesma postura dos casos de Bob Kennedy, Martin Luther King e Malcolm X. Abafando e não fazendo uma minuciosa investigação, ponto alto do jornalismo na terra do Tio Sam.
Os presentes falaram que ouviram disparos de todos os lados, inclusive dentro do ambiente. A perícia ainda não determinou a trajetória do projétil que atingiu o Bombeiro, que morreu na hora. Surgiu a dúvida de dois atiradores. Onde estaria o outro?
Apenas um jornal registrou a visita do Senador Democrata Robert Kennedy Júnior a Donald Trump, prestando solidariedade. Ele é filho de Bob Kennedy. Foi boicotado e impedido de concorrer contra Joe Biden, nas primárias. Ainda hoje, aparece com 10% das intenções de voto dos americanos, como candidato independente. Não merece um único registro da mídia.
Mas, tem um grande grupo nas redes sociais que o apoia. O temor dos democratas é que seu voto migre para Trump. Ambos têm algo em comum: são contra os gastos trilionários com o Complexo Industrial Militar; CIA; nova corrida armamentista; Big Pharma (grandes laboratórios e novos vírus). Defendem uma América grande, independente, trabalhando pela paz, longe dos conflitos étnicos.
No dia 05/06/1968, momento e local escolhido para comemorar a vitória esmagadora nas primárias do Estado da Califórnia – Hotel Ambassador – Los Angeles, Robert (Bob) Kennedy seguiria um roteiro estabelecido pela segurança e organizadores do evento. Deixaria o estrado e iria até o centro do salão para partir um bolo.
A segurança estava espalhada no salão. Um episódio nunca desvendado foi a presença de uma figura, mesmo aparecendo numa fita de 16mm e em fotos – nunca reconhecida nem identificada – esteve durante todo o tempo por trás de Bob. Após o discurso, cochichou em seu ouvido. Bob mudou repentinamente seu itinerário. Ao invés de ir para o centro do salão, às pressas caminhou para a cozinha, onde tinha uma saída de emergência. Ao chegar na cozinha, foi assassinado com um tiro à queima roupa, atrás do ouvido. As poucas fotografias feitas no momento e no ambiente não aparece o suposto assassino Sirhan Bishara Sirhan. Nem a figura que o conduziu até a porta da cozinha. Pressupõe-se que Bob foi avisado e estava fugindo de um possível atentado.
Sem histórico ou antecedentes criminais de violência o palestino, nascido em Israel, confessou apenas ser antissionista, e sempre desejou matar Bob Kennedy (?). Bob não era judeu. Era descendente de irlandeses, cristão da Igreja Católica Romana. Sirhan, réu confesso, foi preso fora do Hotel, com uma arma. Segundo ele, havia bebido muito, não recordava nada. Uma moça havia lhes entregue o revólver. Poucos minutos depois estava preso e a arma era a do crime. Em todos os seus depoimentos alegou que não se recordava ter estado na cozinha (local do crime). Fato comprovado por mais de uma dezena de cozinheiros e garçons presentes. Não o reconheceram e afirmaram que ele nunca esteve lá antes de Bob entrar, cercado por algumas pessoas, e um fotógrafo.