Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
APAGÃO NO GOVERNO LULA: ARTHUR LIRA 3 x 0
Publicado em 31 de maio de 2023O churrasco do Palácio da Alvorada, oferecido por Lula aos Ministros do STF, deputados federais e senadores “mais chegados”, culminou no terceiro gol consecutivo marcado pela Câmara dos Deputados, que ainda tem um pênalti a seu favor para bater hoje. Fazendo uma analogia ao futebol, Lula pode passar pelo mesmo vexame de Felipão, no apagão dos 7×1 contra a Alemanha. Para os petistas, haja coração!
Até meia noite de hoje (31.05.2023), a Câmara e o Senado têm que votar e aprovar o projeto de estrutura do governo instalado em 01/01/2023, através de uma Medida Provisória, que caduca amanhã (01/06/2023). O tempo é muito exíguo, para sanar conflitos de interesses abissais. Quatorze ministérios poderão ser extintos. O organograma volta ao “modelo Bolsonaro”, com apenas 23 ministros. Geraldo Alckmin, Simone Tebet, Marina Silva e mais onze, poderão perder o emprego amanhã.
Desde o dia 07/11/2022, Lula começou a governar com sua equipe de transição. Por que durante todo este tempo não conseguiu formar uma base no Parlamento que garantisse sua governabilidade? Nove partidos o apoiaram logo na largada. Conseguiu derrubar a Lei do Teto de Gastos – vinda de Michel Temer e mantida por quatro anos de Bolsonaro – criou 14 novos ministérios, dos quais sete foram para partidos do “centrão”. Mas, na hora das votações na Câmara, só ficam com o PT apenas 155 parlamentares.
Querendo fugir da realidade, Lula abraçou a ideia de Celso Amorim e sua agenda de andanças internacionais, projeto que resultou em “arruaças”, trazendo descrédito à Diplomacia Brasileira. Pregou a desdolarização na China, não cumprimentou o presidente da Ucrânia no encontro do G-7, e usando improvisos – inspirados pelo álcool – em Hiroshima causou constrangimentos aos Japoneses: “quem autorizou os Estados Unidos a despejar duas bombas atômicas aqui? O desconforto foi geral.
Ontem (30.05.2023), ao invés de estar negociando com o Parlamento tentando salvar o País de uma futura recessão, preferiu reunir-se com 11 presidentes da América do Sul, na tentativa de ressuscitar a UNASUL – União das Nações Sul Americanas, aproveitando o ensejo para empurrar “goela abaixo” de seus convidados o indigesto Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. Arriscou convencer todos que o sucessor de Hugo Chávez era vítima de “narrativas” criadas pelos Estados Unidos.
O comunismo expandiu-se na América Latina (anos 60/70) usando o discurso do “antiamericanismo”. Seus adeptos doutrinados acreditavam na existência do “paraíso”, como era denominada a União Soviética. Esta retórica é página virada há mais de três décadas. Por que Lula quer reeditar um modelo econômico socialista/comunista que não foi exitoso em nenhum País do planeta? O que produzem e vendem Cuba, Coreia do Norte, Nicarágua e Venezuela?
Dois de seus convidados quebraram o protocolo, ao contestarem o anfitrião. O Presidente do Uruguai (direita) e o do Chile (esquerda). Ambos denunciaram que não existem “narrativas”, na Venezuela não tem Democracia. O presidente do Chile confessou ser testemunha de centenas de milhares de venezuelanos hoje refugiados em seu País.