Aluízio Campos: onde só havia o nada, Romero enxergou a maior obra da História de Campina
Publicado em 13 de novembro de 2023É impressionante imaginar que alguém, passando pelas terras áridas cobertas da vegetação seca típica do semiárido nordestino, pudesse enxergar naquele meio do nada um bairro enorme, a maior obra da História de Campina Grande, um conjunto imenso com mais de quatro mil moradias para dar um teto e um lar a gente humilde.
Romero Rodrigues, prefeito no comecinho do mandato, matuto de Galante, origem humilde, figura simples, sem ser um tribuno de oratória larga e nem tampouco um intelectual declamador de versos, foi visionário como nem um outro; sem viver usando o nome de Deus, agiu como um cristão preocupado de verdade com seu semelhante.
Agrônomo por formação, Romero teve o atrevimento de limpar o mato, arar a terra e plantar a semente que fez nascer o bairro-cidade, destaque nacional, feito sem precedentes em Campina Grande. Parecia impossível. Parecia infindável. Aquilo era algo que para um administrador incompetente, nem mesmo penhorando a cidade, poderia ser uma ação exequível.
Palmo a palmo, pedra a pedra, casa a casa, porém, o feito se fez. Um bairro colossal, com ruas pavimentadas, com escolas, com um projeto robusto para ser um conjunto multimodal cercado de empresas e empregos para o povo – etapa que foi tristemente interrompida após o fim do governo Romero, mas que pode e deve ser retomada.
Hoje, o próprio Romero relembrou os quatro anos da entrega do Aluízio Campos. O sonho que ele primeiro sonhou sozinho e que, convertido em feito e realidade, realizaria o sonho de tanta gente simples, mais de quatro mil famílias com casa, com endereço, com um lar, com a dignidade humana que merecem ter os filhos de Deus.
Cidade que transforma é aquela que prioriza as pessoas. Governo que faz é governo que faz o bem. O melhor governante é aquele que não está preocupado em ser o melhor, mas em ser verdadeiramente humano.
Pode estar aí o segredo de Romero Rodrigues para ter enxergado naquele meio do nada o que ninguém via: olhou com o coração.
Fonte: HORA AGORA (Lenildo Ferreira)