Valberto José

Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.

Ainda não me receitou aquele

Publicado em 13 de junho de 2024

Nosso conceito de família cristã estaria comprometido se eu enunciasse que minha mulher quer que eu goste de tudo que ela gosta. Não cabe, portanto, a figura de linguagem, embora ela tenha a mania de me incentivar a provar os seus gostos e a usar de tudo que lhe faz bem. De comidas e remédios a chás e óleos medicinais, encontra sempre um motivo para me incitar ao uso e à prova.

Entendo o seu zelo, o seu bem-querer e sua dedicação pelo meu bem-estar, preocupações que denotam seu amor. No entanto, tenho que respeitar o meu gosto e avaliar minhas necessidades medicinais. Às vezes, ela até se aborrece com minha rejeição às suas sugestões alimentícias, gustativas e salutares.

Margarida pode até pensar em algum meio que me faça provar algum alimento que ela gosta; esbarra, no entanto, na falta de coragem de usar de artimanhas femininas. No quesito alimentação, por exemplo, não gosto de batata doce; ela poderia fazer um bolo do tubérculo e dizer que era de outro sabor, mas, embora tenha imaginado, não deriva à ação.

Uma das práticas de minha mulher nos últimos tempos é tomar chá. Chá com torrada, ao que não sou muito chegado. Do que é feita acho prejudicial à saúde e a sonoridade do mastigado me irrita um pouco. Tenho, entretanto, lhe feito companhia nesses momentos.

Com a nossa rotina de treinamentos físicos, ela tem me incentivado a tomar suplementos. Há uma tal de creatina — só me vem à mente a creolina da minha infância e talvez a lembrança explique a rejeição — que ela toda vez em que ia tomar, antes de irmos à academia, me oferecia. A ladainha é grande, mas não vejo necessidade de me “creatinar”.

Ah, os remédios! Minha cara-metade tem certa mania de tomar remédio. Basta sentir dor numa unha que quer tomar um comprimido. O pior é que qualquer sintoma que eu tenha, ela me receita um remédio. “Toma isso, toma aquilo, esse é bom”, e eu resistindo. Refletindo bem, estou me queixando à toa. Ela ainda não me receitou o azulzinho…

DE PARABÉNS

Dia 8 último, o mano Afonso, que reside em Teresina, comemorou (foto) mais um aniversário. No grupo familiar, coloquei a seguinte mensagem:
É o mês de junho fon fon fon
Toca a sanfona que não sai do ton
Lembrando é festa de fon fon fonso
Pois hoje é o dia dele fon fon fon
E até a sanfona faz fon, fon, fonso
Afonso é alegria que nos contagia
Se fosse palhaço, palhaço Alegria
A alegria de quem não é son sonso