Ainda é desconhecida causa da morte da Musa do Tropicalismo Gal Costa, aos 77 anos de idade

Publicado em 9 de novembro de 2022

A cantora Gal Costa, uma das maiores artistas da música popular brasileira, morreu na manhã desta quarta-feira (09) aos 77 anos, informação confirmada por sua assessoria de imprensa.

A causa da morte ainda é desconhecida.

Gal era uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo nesse fim de semana, mas teve sua participação cancelada de última hora. O diretor da turnê de Gal, Nilson Raman, afirmou que ela precisava se recuperar após a retirada de um nódulo na fossa nasal direita e ficaria fora dos palcos até o final de novembro.

A cirurgia ocorreu em setembro, pouco após sua apresentação em outro festival de música em São Paulo, o Coala. Desde então, Gal não havia voltado a se apresentar, mas já tinha datas de shows da turnê ‘As Várias Pontas de uma Estrela’ marcadas para dezembro e janeiro.

Atriz, compositora e cantora com grande influência no tropicalismo e na MPB, Gal trabalhou em uma loja de discos em Salvador, onde conheceu o cantor de bossa nova, João Gilberto. Também amiga de Sandra e Dedé Gadelha, em 1963 a cantora é apresentada a Caetano Veloso, então marido de Dedé.

Em 1964, Gal participou da inauguração do Teatro Vila Velha (Salvador) ao lado de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros através do espetáculo ‘Nós, Por Exemplo…’ Ainda com o grupo, Gal Costa apresentou os espetáculos Arena Canta Bahia e Em Tempo de Guerra (1965), além de gravar Eu Vim da Bahia e Sim, Foi Você.

Uma característica marcante da cantora era a capacidade que sua voz tinha de perambular aos diversos gêneros musicais. Gal gravou duas músicas do álbum do Tropicália ou Panis et Circencis (1968), lançado por ela, Caetano, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé. Em 1968, esteve presente no 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com a música Divino Maravilhoso, a qual lhe concedeu o 3º lugar. No ano seguinte, mais dois álbuns foram lançados, Gal Costa e Gal, com músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Durante o período de Ditatura Militar no Brasil, Gal Costa virou representante do tropicalismo no país. Com o álbum ‘Fa-Tal: Gal a Todo Vapor’ gravado ao vivo, a cantora reforçou a sua representatividade dentro do Tropicalismo, enquanto os seus parceiros Caetano e Gil estavam exilados. Ao longo de seus mais de 55 anos de carreira, Gal lançou 43 álbuns, tendo 12 DVDs gravados e 16 participações especiais na televisão. Já foi indicada cinco vezes ao Grammy Latino e foi vencedora do Prêmio da Música Brasileira (2016) na categoria de melhor cantora.

Fonte: Da Redação