Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

A PERIPÉCIA DE TOVAR ENXERGA APENAS SEU UMBIGO

Publicado em 16 de fevereiro de 2024

As duas últimas estocadas “traiçoeiras” desferidas contra o prefeito Bruno Cunha Lima pelo tucano Tovar – estilo Romano Brutus – foram o suficiente para explicitar que o governador João Azevedo não tem um projeto de oposição para Campina Grande. Seu núcleo estrategista palaciano arquiteta uma “conspiração”, encorajando e arregimentado amotinados para enfraquecer a gestão – com boicotes e sabotagens diárias – levando o prefeito a perder o poder de comando de voz, sobre suas tropas, que poderão se dispersar até o dia da eleição. Elucubrações do Palácio da Redenção.

Todos os pré-candidatos pelas oposições de Campina Grande – após declarações de Tovar – submergiram instantaneamente. Jhony Bezerra (PSB), Eva Gouveia/Rosália Lulas (PP-PSD), as esquerdas raiz, Inácio Falcão & Cia, permanecem no mesmo lugar, de onde nunca saíram. A aventura aparentemente insensata de Tovar é um projeto pessoal, da cozinha do conselheiro do TCE Fernando Catão.

Tovar não consultou sequer o presidente do seu partido, PSDB, Fábio Ramalho, a quem Pedro Cunha Lima confiou os destinos da legenda no Estado. Pedro tem um pacto, e é devedor do apoio recebido por Veneziano Vital do Rêgo no segundo turno das eleições de 2022. A “pajelança” envolveu todos os caciques do MDB/PSDB, inclusive Cássio Cunha Lima e Vital Filho. Tovar começa perdendo na convenção do seu partido. A não ser que continue traindo. Segundo adágio popular, “trair e coçar, é só começar”. Ele irá para o Podemos ou PSB?

A única liderança capaz de “formatar” uma chapa de oposição em Campina Grande é o deputado estadual Adriano Galdino, presidente da ALPB. Tem garantido a governabilidade, que navega em mar de almirante, anda, escuta e recruta. Se não fosse sua coragem em dar uma “mão de rédeas”, no segundo turno das eleições 2022 João não teria posto o “boi na faixa”. Seu diálogo é franco e aberto com o governador, povo e lideranças políticas. Todavia é subestimado pelo “gabinete ideológico” que engessa João Azevedo. Galdino vislumbrou a postulação de Romero Rodrigues, e se dispôs a entrar na luta para formar um exército. Mas, foi enganado pela forma “manhosa’ do ex-prefeito, que se aproveitou de todos, para figurar permanentemente na mídia. Nas redes sociais da Paraíba, Romero aparece mais que João Azevedo, Bruno, Cícero Lucena; Lula e Bolsonaro. Supera até o conflito da faixa de Gaza.

Quanto a Tovar, sua disposição é perder uma eleição e resolver sua vida, ganhando um mandato vitalício. A pretensão é suceder seu sogro – Fernando Catão – no TCE, que alcança a compulsória ano vindouro, 2025. Após três mandatos de deputado estadual, quatro anos como Chefe de Gabinete do prefeito Romero Rodrigues, as urnas tem mostrado um declínio em sua densidade eleitoral, avisando-o que na próxima ele perderá o assento na Casa Epitácio Pessoa. Tovar deve ter obtido esta promessa da equipe do governador João Azevedo. Mas, já combinou com Adriano Galdino?

Arthur Cunha Lima presidiu a ALPB. Sentiu que lhes negavam espaços para a Câmara dos Deputados, e nunca o convidaram para disputar a PMCG. Em conversa informal, nos confessou que estava cansado de ser o eterno “carregador de piano”. Cássio, governador, prometeu e indicou seu amigo Luzemar para o TCE. Não combinou com Arthur, presidente da ALPB. Alegaram acordo de cavalheiros: cada vaga surgida, seria preenchida por uma indicação do governador, outra pela Assembleia e a terceira pelos Auditores Fiscais. O destemido e admirado Arthur Cunha Lima não deu a mínima para o pacto e mandou todos às “favas”. Foi o candidato e venceu: 20 x 16. Setores da mídia ainda o questionaram e ouviram como resposta: O TCE é um órgão de Assessoria do Parlamento. Quem escolhe seus membros é a Casa Epitácio Pessoa.