Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
A PENA É MÁXIMA NO TRIBUNAL DO NARCOTRÁFICO
Publicado em 8 de outubro de 2023A tragédia que abalou o país, nas primeiras horas da madrugada da última sexta-feira (06/10/2023), revelou mais uma vez a mefistofélica face do terror – deixando evidências inconfundíveis para uma população atemorizada composta de 215 milhões de habitantes – ao depararem-se com a triste realidade, que estão permanentemente expostos a um quadro de insegurança generalizada, legado de uma orfandade motivada pelo vácuo atribuído a ausência do Estado, sustentado com seus impostos.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao tomar conhecimento da tragédia ocorrida no Rio de Janeiro – área mais nobre e segura da cidade maravilhosa – imediatamente levantou suspeitas sobre possibilidades da chacina ter um cunho político ideológico. Uma das vítimas era irmão da deputada federal (PSOL) Sâmia Bomfim. A obsessão de Dino, compara-se ao “martelo” que só enxerga “pregos”.
No instante que proferia este desastroso e insensato discurso em Salvador, na cidade Baiana Jequié, bandidos invadiram uma casa e dizimaram uma família. Sete foram assassinados. Quatro adultos, uma criança e uma grávida de nove meses. Dino não se pronunciou sobre a barbárie. Culpou o governo Bolsonaro, pelo “armamentismo irresponsável”. Nos dois episódios, as vítimas não dispunham de armas de defesa.
Flávio Dino assumiu o Ministério da Justiça, anexando o da Segurança Nacional. É o homem que concentra mais poder de polícia no país. Força Nacional de Segurança, Polícias Federal e Rodoviária Federal. Decorridos dez meses de sua posse, Dino nunca mencionou a existência de um plano estratégico para combater o tráfico de drogas (nacional) e o mega-narcotráfico internacional, que usa o Brasil como “corredor” para escoamento que abastece os continentes Africano e Europeu. Não sabe quando e nem como acabará em definitivo com as 80 OCRIM – por ele reconhecidas – números conflitantes com as ONGs, que mencionam 140.
Seu único e canhestro projeto, se resume numa caçada insana na busca de punir, perseguir e encarcerar a direita conservadora patriota Cristã, que ele e o consórcio midiático, estigmatizam como “Bolsonaristas radicais” ou “extrema direita”. E ele? Está no outro extremo? O das esquerdas?
Neste interregno, as OCRIM – câncer que destrói o tecido social com metástase espalhada por todo território nacional – arrosta o Estado, se impondo e consolidando-se como um “Estado criminoso”, dentro de um apequenado Estado de Direito Democrático, eleito pelo povo. Vinte e quatro horas antes da carnificina carioca, Dino negou o envio da Força Nacional de Segurança, solicitada pelo governador do Rio.
A única justificativa para impedir o deslocamento das tropas, se enxerga no retrovisor dos fatos, período pré e pós campanha eleitoral de 2022. Lula com o “boné do CPX, sem segurança, discursando para líderes e reféns do narcotráfico. Em seguida, Flávio Dino, no Complexo de Favelas Marés, participou de uma reunião com traficantes para pacificar a área. O Estado se rendeu aos bandidos… Pergunta: como a segurança pública sabia que o irmão de Sâmia era idêntico a um Chefe de Milícia? E por que esse criminoso está solto? Em entrevista, o governador falou que o caso estava encerrado. Não havia mais o que investigar, os assassinos foram executados. E os mandantes? Não serão punidos? Líderes presos nas áreas de segurança máxima do complexo Bangu, não serão transferidos para presídios federais? Aos familiares das vítimas, restam só o pranto? E a Justiça, só a Divina?