Marcos Marinho
Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.
A LUZ DE BRUNO
Publicado em 26 de dezembro de 2022Minha história no labor jornalístico não é das melhores, tenho que reconhecer. Mas conforta entender que, de igual modo, não é das mais ruins dentre os demais nomes que integram em nossa urbe tão valorosa profissão.
Tenho me esforçado, nas limitações dos saberes do universo, para dar ao leitor sempre o meu melhor na visão única de que não sou – e jamais serei – dono absoluto de verdades que costumeiramente levo aos que me acompanham nos escritos.
Nunca tive receio ou medo de fazer críticas a quem quer que seja – poderosos ou não!
Optei pelo jornalismo investigativo e gosto mesmo de fuçar as pautas até onde o extremo da ética me leve a trabalhar; sem futricas, sem rame-rame, sem ataques pessoais…
Óbvio que quem anda nessa linha amealha inimigos, mas isso é o de menos quando o objetivo da missão é o povo excluído pelos donos do Poder.
E de uma coisa o meu leitor tenha absoluta certeza: não me acosto a concessões, tenho nojo dos abraços de compadrios e fujo dos falsos amigos, desses que aparecem como ‘irmão’ por conta do microfone, da câmera da TV ou do espaço de jornal, como o cão já fugiu da cruz.
Criticar é louvável e necessário, do mesmo modo que elogiar faz bem e é importantíssimo em nossa agitada profissão. Eu, por exemplo, me sinto muito bem com as duas coisas. Ambas são prestação de serviço!
Presentemente, tenho estendido pesares em relação à gestão até aqui inócua do prefeito Bruno Cunha Lima, ao meu ver uma grande decepção para todos aqueles que como eu, que nele inclusive votei, apostamos no fervor da sua juventude, no histórico político e honrado do seu saudoso avô, e mesmo na sua curta e saudável caminhada nos Parlamentos do Município e do Estado.
Há na cidade hoje uma enorme leva de gente desgostosa com o que anda fazendo (ou não fazendo, que seria o termo mais correto) o neto de Ivandro, gente inclusive que anda ao seu lado abraçado e de mãozinhas dadas… E é desses que ele deveria fugir!
Gente, aliás, inclusive da imprensa. Esses “confrades” nossos que deslustram a todo tempo a profissão – cuspidores de microfones, ‘assassinos’ da língua Pátria, comensais de restos das mesas do Palácio.
Muitos, covardes da imprensa ou de fora dela, nesse final de ano insistem comigo para que eu lance críticas nitroglicerinadas sobre o ‘Natal Iluminado’, uma das únicas coisas que está dando certo e ufanando o ego dos campinenses nesse Governo.
Me recuso a fazê-lo, em face mesmo de não dar ao meu trabalho chance alguma dele contar com paga por obra certa. Minha pena não é de aluguel, meu raciocínio não se ampara em terceiros e meus espaços comerciais continuarão existindo n’APALAVRA à disposição da prefeitura local, do Governo do Estado, das prefeituras do interior, das Câmaras Municipais, de qualquer outro ente público que queira institucionalmente se divulgar sem que vincule a imagem dos seus eventuais gestores ao espaço sob contrato.
Dá nojo, sim senhor, ver coleguinhas espumando de raiva sugerindo locupletação do alcaide pelos gastos de mais de R$ 7 milhões com o projeto natalino deste ano.
Por isso hoje eu venho a este espaço, antes que seja tarde, para APLAUDIR DE PÉ Bruno Cunha Lima pela maravilha de projeto do NATAL ILUMINADO de Campina Grande, ousadia que merece muito mais do que isso por parte do campinense que se dê ao desfrute de amá-la de verdade, assim como eu e mais de milhares de ‘meia dúzia’ de bravos conterrâneos.
Simplesmente porque o projeto não se limita aos pisca-piscas das ruas, às luzes do espichado túnel na porta do Instituto São Vicente de Paula, à árvore divinamente gigante que leva insatisfeitos a também altearem as suas cabeças doentias, ou à interligação inteligente do Parque da Criança com o Açude Velho…
Hoje o Natal de Campina, pelo projeto de Bruno, está nos bairros mais afastados, nos distritos e não se limita às luzes. É um projeto cultural perfeitamente moldado, com uma estrutura de gente e equipamentos maiúscula, de alto custo para atender à expectativa.
Brigar por R$ 7 milhões buscando comparações esdrúxulas com centros que historicamente já cuidam das luzes do final de ano é criticar o vazio, é não saber dar sentido a algo que nasceu como BASE, para aí sim ir se agigantando a cada ano mais um tiquinho.
Parabéns, prefeito, por dar a Campina Grande a partir de agora um parâmetro de qualidade para as festas de Final de Ano.
Pensar grande é a marca mais autêntica desse chão descoberto por Theodósio de Oliveira Ledo e é por isso que nessa campina de tanta relva esse ‘pasto’ suculento não alimenta só animais.
Eu sou GENTE!
E me senti bastante alimentado ao passear pelos túneis do NATAL ILUMINADO. A partir deles pude alcançar a visão futurística de Bruno Cunha Lima, a quem reitero homenagens.