Valberto José

Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.

A idade e o limiar da velhice

Publicado em 18 de julho de 2023

Se há uma data que sinto a plenitude da felicidade gritando dentro de mim, a de aniversário é insuperável. Logo no primeiro dia do mês nascido entro num clima inabalável de satisfação, uma espécie de contagem regressiva involuntária daquela que considero a data mais importante de uma pessoa, o celebrar de sua vida. Não, não me importa o avançar da idade.

Acho que se houvesse a tradição de se comemorar o natalício todos os dias, eu viveria cotidianamente uma rotina feliz. Posso até não transparecer, mas vivencio os dias que antecedem meu aniversário numa alegria constante, alheio ao que acontece de negativo e superando as contrariedades com estranha destreza.

Gosto de comemorar, à minha maneira e conforme o bolso permite, o dia em que completo mais um ano de vida; de preferência, vestindo um conjunto de roupas novo, barba feita e cabelo cortado. Arrumado, sair com os meus familiares mais próximos e provar uma comida diferente daquela que se come no dia a dia, e, claro, tomar o drink preferido.

O avançar da idade não me assusta, a velhice não me mete medo. Chego aos 65 anos me sentindo bem mais novo e disposto em me manter ativo. Se já não estou na atividade comercial é porque o capital acabou e as chances de trabalho para quem passa de 50 também acabam. Mas não me entrego.

Na reclusão de minha casa, leio muito – mas não o bastante –, escrevo, faço os serviços domésticos e, acredito, muita raiva à mulher. E sonho muito. Nesses sonhos, vontade de estudar, fazer alguns cursos e, quem sabe, descobrir outras habilidades. Ainda me falta determinação para tal. Depois dos 60, pela sugestão impositiva dos filhos, troquei a caminhada pela academia, e malho seis dias da semana.

Acho que a velhice está na mente das pessoas. Conheço muitos velhos com a cabeça jovem, e alguns jovens com a cabeça envelhecida. Antigamente, uma pessoa com 50 anos era considerada velha. Hoje, o limiar da velhice é aos 60 para uns, 65 para outros. Mas, independentemente da idade,  o homem só deve se sentir velho no dia que fizer 69… 

 

O encontro inesperado da serva com o bispo 

Ativa na Catedral do Sagrado Coração de Jesus de Porto Velho, a minha irmã Albanete de Almeida Mendonça teve uma grata surpresa quando chegou para servir na missa do domingo, 9 de julho. Dom Genival Saraiva de França, bispo emérito de Palmares, foi o celebrante, numa das suas andanças, desta vez para rever o amigo Dom Roque Paloschi, arcebispo da capital de Rondônia.

Claro que o encontro foi registrado para o arquivo de fotografias da mana, que há mais de 30 anos vive naquele Estado e faz um trabalho importantíssimo no controle da hanseníase.