A farta munição de Queiroga para a batalha decisiva

Publicado em 8 de outubro de 2024

Sobrevivendo ao enfrentamento cruento do primeiro turno, Marcelo Queiroga exibiu uma extraordinária resistência à ofensiva maciça das “máquinas de guerra”, compostas pela PMJP/Governo do Estado. Um grande exército com o maior paiol de munição que não fechou as “pinças”.

Sofreram grandes baixas e o “moral” da tropa ficou comprometido. Cícero e João praticamente não têm mais o que prometer ou oferecer a novos combatentes, na premissa de angariar mais apoios capazes de ampliar o número de suas tropas, pequenas lideranças dos bairros da Capital. São mais de 40 mil contratados diretos e indiretamente, hoje amedrontados em perderem suas rendas.

No momento, só quem pode prometer absorver este grande contingente é Marcelo Queiroga. Tomando o poder, tem espaço para aquartelar todos. Se ouvir os primeiros descontentes das tropas palacianas, a ação é virar o voto dos que estiveram nas trincheiras. A abordagem é simples e eficaz. Se for usada com competência, executada através de uma boa equipe, a deserção será abissal nos batalhões governistas. Cada voto tirado de Cícero representa dois para Queiroga. Um a menos, reduz; outro a mais, amplia. Nesta matemática política cada emprego representa três votos. Se vinte mil abandonarem a causa Cícero, representarão 60 mil a menos no seu eleitorado. Cairá de 205 mil para 145. Marcelo Queiroga saltará de 90 mil para 145 mil.

Como reforço, é fundamental e imprescindível a busca pelo engajamento dos guerreiros (eleitorado de Ruy Carneiro), contingente de 69.712. Contingente fundamental para a batalha decisiva. Quem votou em Ruy abomina completamente a ideia de juntar-se a Cícero Lucena. A maioria esmagadora votaria até nas esquerdas, para impedir a reeleição e o continuísmo da gestão. Mesmo que surgisse a inimaginável oportunidade de fumar o “cachimbo da paz”, o que Cícero teria a oferecer a Ruy? Uma derrota em 2026. Ele já tem um filho deputado federal, e terá que assegurar a reeleição do presidente do seu partido, Aguinaldo Ribeiro.

Ruy ao lado de Queiroga, além de participar de sua gestão será reconhecido como o grande vencedor da guerra. Indicará secretários, e será o candidato oficial da PMJP para voltar à Câmara dos Deputados, como campeão de votos. Ou quem sabe, ocupar espaços mais elevados nas chapas e acordos das eleições de 2026.

Quanto a Luciano Cartaxo, e principalmente Ricardo Coutinho, se curvarem a João Azevedo – beijando o chicote que lhes bateu – seria o fim de ambos. Não serão incoerentes a ponto de abraçarem um candidato da direita. Mas, a falta de gratidão os levará esquecer o coração. Agirão pelo fígado. Cruzarão os braços, e junto aos mais próximos incentivarão a derrota de Cícero, que dividirá o infortúnio com João Azevedo. Ambos sabem que a única chance de continuarem na vida pública e competitivos, é derrotando João Azevedo e Cícero Lucena. Usarão a tática de “Stalin/Churchill” na segunda grande guerra: os extremos se uniram, para derrotar o mal maior, Adolf Hitler.

Fonte: Da Redação (Por Júnior Gurgel)