
A CASA QUEBRADA: IMPROVISO REVELA DESPREPARO
Publicado em 23 de abril de 2025Possuído por uma obsessão hedionda compulsiva, o ministro Alexandre de Moraes, na sessão que ontem tornou réu mais seis vítimas suspeitas do fictício plano do golpe do dia 08/01/2023, investigação por ele comandada para apurar o atentado ao Estado Democrático de Direito e trama macabra para assassiná-lo juntamente com o Presidente da República e seu vice. Diante da escassez de provas e argumentos consistentes, Moraes partiu para o improviso, fazendo uma analogia desarranjada, tresloucada, deixando o país perturbado e envergonhado ao constatar o deplorável despreparo de um ministro da Suprema Corte.
Com uma expressão facial de aflição, fora de si, olhar perdido e vazio desconectado com o ambiente, semelhante a um paciente em estado emocional alterado causado por um transe psicótico, Moraes trocou sua argumentação assentada na desamparada legislação, por um exemplo comparativo.
“A casa quebrada” (?). Palavras do Ministro: “se você vê sua casa invadida por um grupo fortemente armado, destruí-la totalmente, sabendo que seu vizinho irá ser beneficiado do ato, ele não tem como ficar impune”. É claro que ninguém entendeu absolutamente nada que o Togado falou ou argumentou. Moraes, na linguagem rasteira mundana, “deu uma viajada”, ou tropeçou nos cadarços de seus sapatos.
Se a casa estava sendo invadida e quebrada, quem tinha que ser acionada era a Polícia. Mas, a Polícia já estava na casa e foi quem abriu a porta para os vândalos depredarem. O General G. Dias, do SNI, dispensou até a guarda palaciana. Por que ele não foi o primeiro a ser preso e investigado? O vizinho da casa era o Ministro da Justiça (hoje no STF) Flávio Dino, que assistiu tudo, não chamou as forças de segurança e desapareceu com provas importantíssimas, como as imagens gravadas pelas câmeras do seu Ministério.
Não sabemos se cabe ao Senado, ou ao CNJ, votar ou determinar um pedido de exame de sanidade mental do ministro Alexandre de Moraes, por uma banca de psiquiatras. É perceptível que ele está sob forte pressão, e suas reações instintivas de sobrevivência se assemelham a uma fera acuada. Movido pela vaidade, não abdica da posição de ser o número um, garantidor da eleição, diplomação, posse e manutenção do Presidente da República no poder. Por outro lado, enfrenta a o povo e as ruas. Está tão preso e enjaulado, quanto suas vítimas na Papuda. Cercado de seguranças, não pode frequentar ambientes públicos. Viaja usando aviões da FAB, é um recluso que goza de privilégios, porém condenado pela Nação.
Suas atitudes – mais recentes – impensadas, revanchistas e intimidadoras, o levaram a pôr em liberdade, o líder do narcotráfico da Espanha, o “Macola” brasileiro, que a esta altura já não está mais em solo guarani. Motivo? A Espanha negou a extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio, que ele quer prender a qualquer custo. O STF não tem poderes de negociar extradições, no estilo de trocas de prisioneiros de guerras. Por outro lado, Moraes está acompanhando um processo investigativo contra ele, em curso e conduzido por quatro comissões do Congresso norte-americano. Sua condenação pela Lei Magnitsky é inevitável e depende unicamente do presidente Donald Trump, após receber relatórios do Congresso. Viu recentemente o desfecho trágico ou justiceiro, da Lei Magnitsky, punindo a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Ela nem seus filhos poderão pisar em solo americano. Todos seus bens, dinheiro em bancos, serão confiscados.
Moraes, fazendo uma analogia à Revolução Francesa, representa o Jacobino Robespierre. Ao lado do psicopata Marat (Jornalista e proprietário do jornal revolucionário) diariamente intimidava a Assembleia Constituinte: “cabeças vão rolar”. A guilhotina era uma tragédia diária. Possuído pela autofagia para se manter no poder, Robespierre criou a revolução permanente, levando a maioria de seus companheiros à morte na guilhotina. Considerava todos suspeitos, que tramavam contra a revolução. Surgiu a reação. Se não eliminarmos Marat e Robespierre, morreremos todos em suas mãos. Prenderam Robespierre, julgaram-no em três dias, e a guilhotina funcionou “politicamente” pela última vez, decepando a cabeça de Robespierre. A França foi pacificada. Cresceu, prosperou, ocupou militarmente quase toda a Europa e paradoxalmente todos que queriam o fim da Monarquia coroaram Napoleão como Imperador. Moraes ficará só.
Fonte: Da Redação (Por Junior Gurgel)