
Autocuidado reduz estresse, melhora humor e contribui para uma maternidade mais leve, aponta psicóloga
Publicado em 11 de maio de 2025O cansaço da maternidade é quase unanimidade entre as mães, mas a rotina precisa incluir momentos de autocuidado para que não se torne uma jornada de exaustão. A orientação é da psicóloga da Hapvida, Michelle Costa, que lista os benefícios de reservar um tempo para si: fortalece a resiliência, reduz o estresse e melhora o humor — o que contribui para uma relação mais forte e positiva com os filhos.
Neste domingo (11), Dia das Mães, a especialista ressalta que o autocuidado que salva a mente vai além de uma ida ao salão — momentos sozinha, de leitura ou uma saída com amigas podem promover um bem-estar profundo.
“Negligenciar-se, achar que ‘suporta tudo’, que não precisa de cuidados, faz com que a condição emocional chegue ao limite, propiciando o adoecimento psíquico, como depressão e crises de ansiedade, impactando negativamente e, às vezes, de forma permanente, a saúde mental”, afirma.
A exaustão também pode estar relacionada à solidão e à falta de alguém para dividir as responsabilidades — seja pela maternidade solo ou por um parceiro que não cumpre ativamente seu papel. Apesar de nem todas terem acesso, a psicóloga destaca a importância de uma rede de apoio presente. “Ajuda a diminuir o peso da responsabilidade da maternidade, reduz a sobrecarga, oferece apoio e afeto. Quem pode usufruir disso percebe o quanto é fundamental para se sentir acolhida e desempenhar ainda melhor o papel materno”, considera.
Culpa materna – Tão presente, essa situação também pode contribuir para o cansaço mental da mulher. “Na condição da autocrítica, a mãe se cobra por acertar sempre, por ter como prioridade o bem-estar dos filhos para que se desenvolvam em plenitude e com amor. Esse senso interno de cobrança e a pressão para corresponder socialmente fazem com que ela viva em um eterno dilema”, pontua.
Burnout materno – A exaustão pode ser um sintoma do chamado “burnout materno”, um estado de esgotamento profundo causado pela sobrecarga crônica nos cuidados com os filhos. Entre os sinais mais comuns estão a sensação constante de estar no limite, a perda de prazer na relação com os filhos, irritabilidade, tristeza, apatia e o desejo frequente de fugir ou se isolar. Nesses casos, costuma ser necessário o acompanhamento com uma equipe multiprofissional.
Fonte: Da Redação