Traição de Buega a amigos da sua própria diretoria leva pleito suplementar da FIEPB a virar palco de grandes emoções com desfecho imprevisível

Publicado em 5 de abril de 2024

Vitorioso em um pleito extremamente complicado, onde boa parte do seleto e diminuto colégio eleitoral rebelou-se infrutiferamente para destroná-lo, o afastado presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB), Francisco de Assis (BUEGA) Benevides Gadelha, cujo trabalho à frente da entidade remontava a mais de três décadas, vivendo agora o ocaso da vida gerencial acaba por se transformar no elemento surpresa do pleito suplementar programado para acontecer na próxima terça feira, dia 09, quando legal e regimentalmente será definitivamente afastado das funções.

Vinte e seis líderes sindicais irão decidir entre o candidato da Região Sindical João Pessoa, José William Montenegro Leal, que atualmente responde de modo interino pela presidência por ser o mais idoso dentre os elegíveis, e o representante da Região Sindical Campina Grande, Cassiano Pascoal Pereira Neto.

Com a desistência do Vice presidente da Região Sindical Sertão, são apenas dois vice-presidentes candidatos, porém com propostas distintas.

De forma surpreendente e curiosa, o candidato José William Leal, da Região Sindical João Pessoa, que se perfila dentre aqueles que defendem a retirada da sede da FIEPB de Campina Grande e conta com apoio da maioria dos que fazem oposição a Buega, tem comemorado e anunciado com fervorosa alegria como o seu maior trunfo para obter êxito na eleição o apoio que está recebendo – por incrível que pareça – de ninguém mais ninguém menos que o próprio Buega.

O que teria levado Buega para os braços de Wiliam, segundo justifica o mesmo, teria sido a conversa de pé de ouvido com ele para garantir que dará sequência ao projeto de gestão que o ex-vinha executando nos três últimos decênios e que era contestado pelos opositores.

Buega teria ficado insatisfeito com o vice da Região Sindical Campina Grande, Cassiano Pereira, porque a proposta apresentada por ele difere frontalmente dos atuais ditames, antevendo uma renovação ampla na FIEPB, sem similar na sua história.

Cassiano propõe limitar a reeleição a um único período subsequente, fazer auditoria independente na contabilidade do Sistema, valorizar o CIEPB (Centro das Indústrias do Estado da Paraiba), botar para funcionar o Portal da Transparência e formar uma gestão compartilhada, revendo inclusive o quadro executivo dirigente e de pessoal, para privilegiar a meritocracia.

INSATISFAÇÃO GERAL

Já não é segredo, dentre diretores eleitos na chapa de Buega, a insatisfação geral com os seus atos recentes, principalmente o de privilegiar um nome em detrimento dos outros dois que legalmente com ele foram eleitos no final de 2023.

Outra queixa recorrente dos que integraram a chapa de Buega é o fato de que ele, assim que foi empossado para o novo período, que vai até 2027, reuniu-se com os que lhe fizeram cerrada oposição para, supostamente, privilegiá-los em detrimento dos que com ele viveram as agruras do pleito difícil.

A palavra “traidor” é recorrente dentre a atual diretoria quando o nome do presidente afastado é citado em rodas de conversa, alguns deles lembrando o fato de que há mais de trinta anos tinham Buega como amigo in-pectore.

Fonte: Da Redação