Nesta sexta feira, 28, o calendário marca oito dias passados do suposto atentado à residência de Karla Pimentel, pré-candidata à prefeita do Conde pelo PROS, mas até aqui a polícia não apontou nenhum suspeito pelos disparos de bala no portão da casa.
Como APALAVRA publicou na data da ocorrência, na realidade a família Régis, da qual a advogada passou também a fazer parte ao contrair núpcias com Hermann Régis, tentou criar um fato alarmante que fosse capaz de colocá-la vitimizada na mídia por algum tempo, o que à ótica da surrada política que ainda é praticada pelo seu agrupamento familiar, lhe renderia bons dividendos eleitorais, o que na prática não ocorreu.
Para APALAVRA, a família Régis no Conde quis transformar os tiros no portão de Karla em um "Toneleiro" de Jacumã, alusão ao atentado a Carlos Lacerda na madrugada de 5 de agosto de 1954, em frente à sua residência, no número 180 da rua Tonelero, em Copacabana, Rio de Janeiro, e que culminou na morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz e no ferimento do guarda municipal Sálvio Romeiro, resultando em crise política nacional cujo desfecho foi o suicídio do Presidente da República, Getulio Vargas.
A ocorrência no portão de Karla Pimentel embora continue eivada de mistérios e no seu QG ela tenha dado ordens para ninguém mais se pronunciar sobre o assunto, está cheia de duvidosas particularidades, a começar da hora em que se deram os disparos.
Segundo todos os meios de comunicação que publicaram a notícia, especialmente o “press-release” que a assessoria da pré-candidata mandou para blogs e portais, desde os mais requisitados da Capital aos nanicos que proliferam no Conde, o “crime” aconteceu no final da noite da sexta 21, ou “por volta das 22:30 horas” conforme pormenorizado em alguns espaços, o que acabou sendo desmentido de modo oficial pela própria Karla quando se dirigiu à Delegacia do Conde exatas 65 horas e trinta minutos depois para registrar um Boletim de Ocorrência, outro ponto misterioso da “operação”.
O certo teria sido o registro do BO no mínimo logo cedo do sábado, 22. Mas não, ela somente se dirigiu ao delegado titular da Polícia Civil do Conde, Luciano Mendonça Cavalcanti, dois dias e meio depois (65 horas e trinta minutos), na segunda feira 24 às 12:23 horas, o que é no mínimo de se estranhar.
Lá na sede do Município, perante a autoridade policial, a conversa de Karla foi outra: os tiros que atingiram o portão da sua casa aconteceram exatamente às sete da noite (19 horas). E cest fini...
ACUSANDO A PREFEITA
Já que a Polícia não se manifestou oficialmente sobre o episódio, coube a Karla tomar a iniciativa e fez isso registrando no atrasado Boletim de Ocorrência que o “atentado” contra si teria sido planejado no gabinete da prefeita Márcia Lucena, e a pessoa que supostamente tentou tirar-lhe a vida foi o policial militar ACIOLLY, colocado pelo comando da PM à disposição da prefeita condense e que, no momento dos tiros, dirigia seu veículo particular em alta velocidade na sua rua, no bairro Village de Jacumã.
Eis o relato de Karla à Policia Civil, conforme registrado no BO:
- “QUE Aciolly, policial militar que está à disposição da prefeita do Conde, estava dirigindo em alta velocidade”;
- “QUE a guarnição da PM perseguiu Aciolly e ao detê-lo disse para o mesmo não fugir da abordagem policial”;
- “QUE a guarnição da PM acabou por liberar Aciolly”.
Karla também informou no BO que a sua rua não tem câmeras de segurança, nem em sua casa e nem em mais nenhuma e, portanto, não teria registros fotográficos a apresentar.
O Boletim de Ocorrência somente foi registrado dois dias e meio após os tiros
AMIGO DE ACIOLLY
A acusação contra o policial Aciolly acabou por colocar Karla em maus lençóis por outra razão interessante e que mexe com o seu grupo de pré-candidatos à vereança. Um deles, Rodrigo Gonzaga, é amigo do peito do policial, tomou para si as dores do colega e disso deu conhecimento à pré-candidata, causando profundo mal-estar, tendo sido esta certamente a razão maior para que fosse dada a ordem de que ninguém mais toque nesse assunto nos ambientes da campanha.
Até agora a prefeita Márcia Lucena ainda não se pronunciou sobre a acusação de Karla, o que se espera ela venha fazer isso oficialmente nas próximas horas.
Fonte: Da Redação