Manobra jurídica suspende leilão de empresa do presidente da FIEPB, mas empresário entra na chamada “corda bamba”

Publicado em 14 de maio de 2025

A Mibra Minérios Ltda., empresa do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), Cassiano Pascoal Pereira Neto, iria a leilão nesta terça-feira (14) por uma dívida milionária.

O processo, movido pelo Banco do Nordeste do Brasil, exige o pagamento de mais de R$ 4,5 milhões — um dos maiores débitos empresariais em execução no estado. Mas uma manobra jurídica de última hora suspendeu o leilão, levantando suspeitas e indignação.

Cassiano, que hoje representa oficialmente o setor industrial paraibano, quase perdeu a condição de industrial e agora está em “corda bamba”, presidindo um setor com a qualificação posta em dúvidas, prestes a perder a sua condição de INDUSTRIAL. O imóvel penhorado, um sítio com galpões e benfeitorias em Pocinhos, avaliado em quase R$ 2 milhões, estava prestes a ser leiloado. A suspensão do procedimento escancarou uma realidade incômoda: o representante máximo das indústrias da Paraíba é, ao mesmo tempo, seu devedor mais notório.

A revolta entre empresários é crescente. Muitos se perguntam como alguém que não consegue gerir as próprias finanças pode ser o responsável por representar um setor inteiro — que sobrevive a duras penas, paga impostos e enfrenta uma das maiores cargas tributárias do país.

A gestão de Cassiano na FIEPB, já criticada por falta de transparência, distanciamento das bases e decisões obscuras, agora é manchada por uma crise ética de proporções públicas. O que antes era sussurro de bastidores, virou manchete: o presidente da FIEPB acumula dívidas, processos e manobras judiciais para evitar o cumprimento da lei.

E, como se não bastasse, tudo isso acontece sem sequer tocar no nome da Operação Calvário — investigação de grande repercussão que, segundo comentários amplamente difundidos na Paraíba, também teve Cassiano entre os citados.

A pergunta que fica: até quando o setor industrial paraibano aceitará ser representado por alguém que simboliza exatamente o oposto do que a classe precisa — responsabilidade, compromisso e ética?

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Fonte: Da Redação